João Paulo II reuniu-se ontem com o presidente do município de Roma e mais de 250 funcionários locais. Na entrevista, recordou os principais desafios da capital italiana e advogou por uma maior atenção para “os problemas dos jovens”. Durante a tradicional troca de votos de Ano Novo, o Papa considerou como desafios urgentes o problema da habitação, “especialmente para as famílias jovens e com modestos recursos económicos”, “os tristes fenómenos da droga e, mais amplamente, do mal-estar juvenil, que requerem uma atenção e um compromisso sempre presente”. O Papa manifestou sua “grande alegria pela aprovação do Estatuto da Região do Lacio” que “destaca o papel de Roma como centro do catolicismo, reconhece explicitamente o primado da pessoa e o valor fundamental da vida”. “Reconhece, além disso, os direitos da família como sociedade natural fundada no matrimónio e propõe-se a ajudá-la a cumprir a sua função social. O Estatuto prevê também que a Região garanta o direito ao estudo e à liberdade para escolher a educação”, recordou. João Paulo II expressou também a sua satisfação pelo protocolo assinado entre o vicariato, a cidade de Roma e a região para construir novos complexos paroquiais na periferia de Roma. Em mais de 26 anos de Pontificado, João Paulo II tomou muito a sério seu ministério de Bispo de Roma, visitando ou sendo visitado –quando a sua saúde piorou – por todas as paróquias da diocese, que são mais de 300.