Padres com várias paróquias preocupam Bispo do Funchal

A existência de sacerdotes com mais do que uma paróquia é uma questão que está a merecer a atenção particular do bispo do Funchal, D. António Carrilho, que, ontem, iniciou uma Visita Pastoral ao Porto Santo, a primeira desde que chegou à Diocese do Funchal, no passado mês de Maio. À chegada à “ilha dourada”, onde foi recebido pelo pároco local, o prelado diocesano foi confrontado pelos jornalistas com esta realidade, que também afecta o Porto Santo, tendo dito que no momento «não temos sacerdotes para colocar um em cada paróquia». Embora nalgumas paróquias talvez não se justifique a existência de um sacerdote exclusivo, por serem pequenas e próximas, D. António Carrilho adiantou que «estamos a intensificar esforços no sentido de conseguir prover algumas zonas de outra forma, com uma maior assistência». No caso concreto do Porto Santo, disse «quem me dera poder colocar dois sacerdotes aqui, não só por uma questão de extensão, mas porque é bom que um sacerdote se sinta mais acompanhado com outro sacerdote e não apenas ficar um padre sozinho neste trabalho». Neste sentido, louvou a generosidade e a «disponibilidade dos sacerdotes que se põem assim ao serviço, quando não é possível de outra forma, como está a acontecer aqui com o padre Duarte». Por outro lado, explicou que escolheu o Porto Santo para realizar a primeira Visita Pastoral, pelo facto de se tratar de duas paróquias que ficam mais distantes da sede da Diocese. «Quis dar este sinal para com aqueles que acabam por estar geograficamente um pouco mais distantes da sede do Bispo», sustentou. D. António Carrilho esclareceu ainda que «gostava que toda a população sentisse que o Bispo não vem cá apenas a pensar nos que estão mais directamente ligados à prática da fé, mas porque tem uma proposta que quer fazer a todos e que tem muito gosto e muito empenho em relacionar-se com toda a gente».

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