Formação do clero de Viseu falou sobre «O sacerdote na sociedade e na Igreja deste tempo»
O clero da diocese de Viseu esteve em formação permanente, de 1 a 3 de Fevereiro, sobre «O sacerdote na sociedade e na Igreja deste tempo». Esta iniciativa foi orientada por D. Juan Maria Uriarte, bispo do país vizinho, que começou por recordar a necessidade de situar uma “Igreja debilitada numa sociedade poderosa” tendo de “se escutar esta cultura, antes de oferecer a mensagem do Evangelho”.
Após o encerramento desta jornada formativa a Agência ECCLESIA falou com D. Ilídio Leandro sobre a importância destas acções. No primeiro dia, o orador falou das características da sociedade hoje. “Enunciou algumas características que vão marcando a pessoa e a cultura” – frisou o bispo de Viseu. Perante esta realidade, o sacerdote e a Igreja devem tomar “algumas atitudes para irem ao encontro da pessoa”.
Os “critérios que devem orientar a acção pastoral” e a “unidade do presbitério, numa Igreja que deve ser testemunho e referência fundamental para as pessoas desta sociedade” foram outros pontos debatidos por D. Juan Uriarte.
Partindo da sua larga experiência na formação sacerdotal, face aos muitos retiros e conferências que realizadas para sacerdotes, o bispo espanhol sublinhou que o sacerdote deve consciencializar-se que “pertence à Igreja, sem deixar de pertencer à sociedade”.
Ao longo dos três dias realizaram-se também duas mesas redondas onde alguns leigos implicados em actividades profissionais variadas, que deram o seu testemunho sobre a imagem do padre na sociedade. Por outro lado, houve leigos comprometidos na acção evangelizadora da Igreja a dar o seu testemunho sobre a importância do trabalho comum, na Missão, que é de todos os baptizados.
A dispersão geográfica, a «autarquia» paroquial, a divergência de opiniões e de interesses, a distância a que se encontram os serviços diocesanos e as carências formativas são alguns dos problemas que colocam dificuldades à realização da fraternidade sacerdotal, segundo o orador.
Para as ultrapassar, D. Juan Uriarte sugere que os sacerdotes cultivem a hospitalidade presbiteral, favoreçam a cooperação pastoral, coloquem bens em comum e promovam encontros periódicos. Daí nascerá a consciência de que são corresponsáveis de uma única e indivisa missão, pertencendo a um mesmo presbitério, prioritariamente encarregado do ministério sacramental e pastoral.
Após este encontro formativo, D. Ilídio Leandro pede “mãos à obra”. Na próxima semana haverá uma reunião do Conselho Presbiteral para aprofundar algumas questões surgidas nesta acção de formação. “Qual o específico do padre hoje? Como o padre deve ocupar fundamentalmente as suas preocupações” – afirmou D. Ilídio Leandro.
Com Diocese de Viseu