Padre da Diocese do Porto desce o Douro em canoa

Iniciativa insere-se na dinâmica da «Missão 2010»

O padre Almiro Mendes, pároco da Freguesia de Ramalde (Porto) e Coordenador do Secretariado das Missões da Diocese do Porto (SDMP), partiu ao início da tarde desta Segunda-feira, da fluvina da Ermida, em Santa Marinha do Zêzere, numa canoa, com o objectivo de percorrer a zona do Rio Douro, abrangida pela Diocese do Porto.

Trata-se de uma iniciativa integrada na «Missão 2010» da Diocese do Porto, em que uma das particularidades é o facto de a canoa ter a forma de Cristo.

“É uma forma de dizer que vale a pena nós embarcarmos em Deus, sem medo de naufragar, porque ele é consistente na nossa vida” explica o sacerdote, em declarações à agência ECCLESIA.

A partida deu-se ao início da tarde, com acompanhamento de um barco dos Bombeiros Voluntários de Santa Marinha do Zêzere e de uma lancha da Polícia Marítima.

Apesar desta ser a sua primeira experiência de navegação a sério, o padre Almiro não se mostra atrapalhado com as eventuais dificuldades do percurso, nem perante a passagem pelas barragens do Carrapatelo e de Crestuma.

“Se o motor não claudicar, estou convencido que conseguirei fazer todas as manobras necessárias, em segurança” refere, com humor, o responsável pelo SDMP.  

Durante o percurso está prevista uma paragem na zona de Entre-os-Rios, Alpendorada, sendo que a chegada à cidade do Porto será no próximo dia 27, Quarta-feira, cerca das 11 horas, no cais onde se encontra o Cubo da Ribeira.

Milhares de pessoas, de diversas paróquias, movimentos, grupos e congregações já participaram, por seu lado, na iniciativa “Embarca na Missão”, lançada durante este mês de Outubro pela Diocese do Porto.

A ideia para a viagem do padre Almiro Mendes surgiu precisamente daqui, há três semanas atrás – “era importante também dar o exemplo” realça o sacerdote.

Pode-se dizer que este “Embarca na Missão” é um desafio à maneira dos Descobrimentos – só que neste caso, em vez dos “marinheiros” partirem à procura de novas terras, são convidados a navegar pelo Rio Douro, em busca do Cristo (mais ou menos escondido) que têm dentro deles.

“Nós somos muitas vezes ‘cristãos de sacristia’ e a ideia é trazer Deus para fora, dar testemunho dele no mundo, que é onde Ele deve estar” sublinha o coordenador do SDMP.

Ao longo do percurso de barco no Douro, os participantes podem tomar parte em diversas iniciativas, desde a celebração da eucaristia, ao sabor das águas, à reflexão litúrgica.

“Há muitas formas de embarcar” defende o padre Almiro Mendes, apontando como exemplos a passagem pelo Paço Episcopal, “onde as pessoas podem falar sobre o papel missionário do bispo” e a paragem junto à Igreja de São Francisco, “um convite à reflexão sobre a inovação que os franciscanos trouxeram à dinâmica da missão”.

O facto é que se havia a consciência, entre os responsáveis da diocese, que esta era “uma proposta um bocadinho diferente e arriscada”, agora já se pode falar em sucesso.

“Tem havido sempre barcos a operar, o mês de Outubro está cheio, há grupos que já passaram para Novembro, o que significa que as pessoas se encantaram com esta actividade, assumiram-na e têm-na realizado com uma dinâmica extraordinária” realça o sacerdote, elogiando sobretudo a participação dos mais novos.

As inscrições estão abertas nas paróquias portuenses, a 10 euros por pessoa – há dois tipos de barcos disponíveis, com capacidades entre 120 e 160 elementos.

As embarcações fazem-se à água logo a partir das 9 da manhã, e estão disponíveis para esta actividade missionária até às 18 horas.

 

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