Os super-heróis de São Tomé e Príncipe que Madalena de Almeida Nogueira foi conhecer – Emissão 11-08-2022

A vontade de Madalena de Almeida Nogueira fazer voluntariado em África há muito que a acompanhava e acicatava. Até que conseguir concretizar esse desejo, envolveu-se com o Banco do Bebé, o Banco Alimentar Contra a Fome, a Refood e foi fazer um mestrado ao Brasil, onde percebeu como o valor da vida era diferente em diversas latitudes. Em janeiro de 2020 rumou a São Tomé e Príncipe para trabalhar com a irmãs Franciscanas, em Guadalupe, e por lá permaneceu durante seis meses. No regresso percebeu que África lhe tinha entrado no sangue e juntamente com duas voluntárias, fundou a associação Kêlê, apostada em ajudar a construir o sonho de esperança e mudança daquele povo que começou a amar.

«A educação e a saúde são os grandes problemas de São Tomé. A saúde pode melhorar com educação, porque o rumo acontece quando mais pessoas formadas houver. O importante é incutir, desde pequenos, que a educação é importante, e isso vai dar-nos um futuro mais promissor»

«As várias pessoas que fomos conhecendo, as histórias de vida, deram-nos a conhecer super-heróis, sejam crianças que não têm pais que tem de tratar dos irmãos, da casa, da roupa e comida, sejam as pessoas mais velhas que nos contam as suas histórias difíceis: em todas as pessoas encontramos super-heróis com vidas desafiantes, mais difíceis, e passaram por cima ou ainda em situações complicadas mas com sorrisos na cara e a ver tudo de forma positiva»

«O meu sonho para a associação, apesar de só termos um ano, é crescer, dar mais apoio aos jovens que apoiamos e, num futuro, queremos chegar a outros públicos dentro da Roça Agostinho Neto ou de Guadalupe. Sinto que mais do que chegar a outros sítios, é chegar a todas as pessoas onde estamos. Criar um projeto com idosos ou com as mulheres da roça que não têm ocupação durante o dia. Estes pequenos objetivos vão sendo os nossos sonhos»

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