ONU: Vaticano participou na Cimeira sobre o Clima e pediu ação internacional

Líderes religiosos deixaram alertas em Nova Iorque

Cidade do Vaticano, 24 set 2014 (Ecclesia) – O secretário de Estado do Vaticano marcou presença na cimeira sobre o clima, iniciativa do secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, que decorreu esta terça-feira em Nova Iorque.

O cardeal Pietro Parolin aludiu ao “fenómeno preocupante das mudanças climáticas”, que coloca em causa “aspetos não só científico-ambientais ou socioeconómicos mas também e, sobretudo, ético-morais, dado que incide sobre todos, em particular sobre os mais pobres, que estão mais expostos aos seus efeitos”.

A cimeira de um dia da ONU reuniu 120 chefes de Estado e de Governo, um número recorde.

“A Santa Sé repete com frequência o imperativo moral de agir, que interpela cada um de nós na nossa responsabilidade de conservar e valorizar a criação pelo bem da geração atual e também da futura”, disse o cardeal Parolin.

O Estado da Cidade do Vaticano assume “esforços significativos” para diminuir o consumo de combustíveis fósseis, mas segundo este responsável, “falar da redução de emissões será inútil” se não houver disponibilidade para mudar de “estilo de vida” e os atuais “modelos dominantes de consumo e produção”.

A cimeira visou a preparação da conferência de Paris, em 2015, tendo em vista um acordo global sobre as alterações climáticas.

Durante o encontro foi apresentada ao secretário-geral das Nações Unidas uma declaração inter-religiosa, assinada pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz (Santa Sé), entre outros, na qual se sublinha que estes fenómenos são “uma verdadeira ameaça à vida”.

“Quando os que menos fizeram para causar as mudanças climáticas são os mais afetados, passamos a falar de uma questão de justiça. São necessárias, com urgência, soluções equitativas”, apelam os signatários.

OC

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