ONU: Vaticano e Portugal assinam declaração em defesa dos cristãos perseguidos no Médio Oriente

Documento é lido hoje na sede europeia das Nações Unidas, em Genebra

Genebra, Suíça, 13 mar 2015 (Ecclesia) – A Missão Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas apresenta hoje em Genebra, na Suíça, uma declaração em defesa dos “direitos humanos dos cristãos e de outras comunidades” vítimas de violência e perseguição religiosa, sobretudo no Médio Oriente.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, o Vaticano explica a iniciativa como “um ato de solidariedade para com os cristãos e pessoas de outras comunidades que têm estado a ser alvo de graves e constantes violações dos seus direitos humanos”.

O documento, que vai ser lido esta sexta-feira no Palácio das Nações, durante a 28.ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, tem como signatários mais de 50 países dos diversos continentes, incluindo Portugal.

Nele é denunciada a “barbárie” que tem sido cometida contra os cristãos e outras comunidades religiosas e étnicas no Médio Oriente, pela mão do “Estado Islâmico, da Al-Qaeda”, e de outros “grupos terroristas”.

Milhões de homens e mulheres que estão a ser “retirados das suas casas, das suas terras, vendidos como escravos, mortos, decapitados, queimados vivos”.

Famílias que “apenas querem exercer a sua religião e crença em liberdade”, realça o Vaticano.

A Santa Sé espera que através deste alerta, as instâncias internacionais e a sociedade em geral percebam a “séria ameaça” que paira sobre estas pessoas na região.

Para a Missão Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, o facto de esta declaração ser assinada por um “número significativo de países” mostra que existe pelo menos “vontade política em apoiar os direitos humanos e em erradicar as violações que estão a ser cometidas”.

O organismo está confiante de que “os governos e todos os líderes religiosos e cívicos do Médio Oriente vão unir esforços no sentido de construírem uma cultura mais inclusiva e pacífica” naquele território.

“Neste mundo globalizado, o pluralismo é uma mais-valia. A presença e o contributo de diversas comunidades étnicas e religiosas são sinónimo da diversidade e também de uma herança comum que sempre tem marcado o Homem”, frisa a Santa Sé.

JCP

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