ONU: Vaticano defende negociações com a Coreia do Norte

Responsável diplomático sublinha riscos de escalada nuclear à escala global

Lisboa, 21 set 2017 (Ecclesia) – O secretário do Vaticano para as relações com os Estados defendeu na ONU uma aposta em “negociações” com a Coreia do Norte, para acalmar as “tensões” surgidas com o crescimento do seu programa nuclear.

“A ameaça ou uso de força militar não tem espaço na luta contra a proliferação e a ameaça do uso de armas nucleares para travar a proliferação nuclear é deplorável”, disse o arcebispo Paul Gallagher, falando na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.

Esta terça-feira, na sessão de abertura da 72.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente norte-americano Donald Trump ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte, caso o regime de Pyongyang continue a ameaçar os Estados Unidos da América e seus aliados.

O representante do Vaticano, que assinou esta quarta-feira o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares adotado pela ONU a 7 de julho, sustentou que é necessário pôr de parte um discurso de “ameaças nucleares, medo, superioridade militar, ideologia e unilateralismo”.

“As armas nucleares não podem criar um mundo estável e seguro. A paz e a estabilidade não podem ser fundadas numa garantia de destruição mútua ou na ameaça da aniquilação”, referiu D. Paul Gallagher.

Noutro discurso, o responsável diplomático da Santa Sé falou à Assembleia Geral das Nações Unidas da situação de crise na República Centro-Africana e apelou a um esforço coletivo para combater o tráfico de seres humanos, o trabalho forçado e as escravidões contemporâneas.

OC

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