Arcebispo Ivan Jurkovič reafirmou que «não é possível fechar os olhos diante do racismo ou exclusão social»
Cidade do Vaticano, 19 jun 2020 (Ecclesia) – A Santa Sé afirmou junto do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra (Suíça), que qualquer ato racista é “intolerável”, sublinhando que, para os católicos, todos as pessoas são “iguais na sua dignidade”.
“Todos os membros da família humana, feitos à imagem e semelhança de Deus, são iguais em sua dignidade intrínseca, independentemente de raça, nação, sexo, origem, cultura ou religião”, disse o observador permanente da Santa Sé neste organismo das Nações Unidas, divulga o sítio online ‘Vatican News’.
Na 43.ª Sessão do Conselho para os Direitos Humanos, na Suíça, o arcebispo Ivan Jurkovič, apelou aos Governos a “reconhecer, defender e promover os direitos humanos fundamentais de cada pessoa” e alertou que é hora de pôr fim aos preconceitos e desconfianças recíprocas que estão na raiz da “discriminação, racismo e xenofobia”.
O debate no Conselho para os Direitos Humanos da ONU centrou-se na temática das atuais violações dos direitos humanos de inspiração racial, racismo sistémico, brutalidade da polícia e violência contra as manifestações pacíficas.
“Pisar a dignidade inviolável dos outros é, na verdade, pisar a própria dignidade. Ninguém deve sentir-se isolado, e ninguém está autorizado a pisar na dignidade e nos direitos dos outros”, assinalou D. Ivan Jurkovič.
O observador permanente da Santa Sé na ONU citou o Papa Francisco para lembrar que “não é possível tolerar ou fechar os olhos diante de qualquer tipo de racismo ou qualquer forma de exclusão social e, ao mesmo tempo, defender a sacralidade da vida humana”.
“A violência é autodestrutiva e autolesiva. Nada se ganha com a violência e muito se perde”, acrescentou o arcebispo Ivan Jurkovič, repetindo o que Papa disse na audiência geral do dia 3 de junho, informa o ‘Vatican News’.
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