Intervenção de D. Bernardito Auza na 74.ª sessão da assembleia geral das Nações Unidas Cidade do Vaticano, 17 out 2019 (Ecclesia) – O observador permanente da Santa Sé na ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que o cuidado do planeta começa pela atenção aos “irmãos” porque “não se pode limitar a uma mera mudança de produção e de consumo”.
“Colher o desafio de um desenvolvimento sustentável requer uma mudança importante nos nossos paradigmas de desenvolvimento. Não se pode adotar uma abordagem setorial que reduza o desenvolvimento sustentável ao crescimento económico, à proteção do ambiente e ao progresso tecnológico”, disse.
Na informação divulgada pelo Vatican News, D. Bernardito Auza pediu, em primeiro lugar, uma atenção “aos irmãos e irmãs com os quais partilham a casa comum” e realçou que degradação ambiental “está unida às desagregações humanas, éticas e sociais”.
O arcebispo filipino realçou que devem ser mantidas a “dignidade intrínseca” de toda pessoa e a “promoção do bem comum”, a solidariedade entre as gerações não é apenas “essencial” para alcançar um desenvolvimento sustentável mas é também uma questão fundamental de justiça.
O observador permanente da Santa Sé na ONU salientou que é preciso unir esforços para promover um progresso “mais sadio, mais humano, mais social, mais integral” para proteger o planeta e “evitar sobrecarregar as gerações futuras”.
Na (74.ª sessão) da assembleia geral das Nações Unidas, D. Bernardito Auza contextualizou que a Agenda 2030, para o desenvolvimento sustentável, lembra que o futuro do planeta está nas “mãos” da geração atual e “das futuras gerações”.
Neste contexto, recordou que o Papa Francisco, na encíclica ‘Laudato Si’, assinala que o desenvolvimento sustentável não prescinde de uma “solidariedade entre gerações”.
No final da sua intervenção na sessão da ONU sobre o desenvolvimento sustentável, divulga o Vatican News, o arcebispo referiu que permanecem “muitos desafios”, apesar dos progressos com a aplicação de várias convenções e acordos, e observou que ainda “deve ser implementado o Acordo de Paris (12 de dezembro de 2015)”.
CB