ONU rejeita proibição total da clonagem

Os 191 países membros das Nações Unidas não chegaram a acordo para um tratado proibindo a clonagem humana, e vão adoptar a proposta de Itália, de uma declaração que afirme o respeito pela vida humana. Havia duas propostas de tratado em cima da mesa: a Costa Rica, que tem o apoio de 62 países e da Igreja Católica, que proíbe todas as formas de clonagem; e a proposta belga, apoiada por 22 países, na sua maioria europeus, que permite algumas formas de clonagem para investigação científica. Os debates prosseguem em Fevereiro. No final do mês de Outubro, a Santa Sé pediu junto das Nações Unidas a proibição completa da clonagem humana, considerando que não há nenhuma justificação ética ou científica para essa prática. “A Convenção Internacional contra a clonagem reprodutiva do ser humano é um processo que tem como objectivo efectivo encontrar uma fórmula jurídica que identifique e possa banir práticas que não respeitem a dignidade humana”, disse o observador permanente da Santa Sé na ONU, arcebispo Celestino Migliore, no 6º comité sobre o artigo 150 da referida Convenção. A distinção entre clonagem reprodutiva e clonagem terapêutica foi considerada pela Santa Sé como “capciosa”, frisando que “ambas implicam o mesmo processo técnico de clonagem e apenas diferem no objectivo, pelo que nenhuma delas respeita a dignidade do ser humano”.

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