ONU: Delegado da Santa Sé exorta ao reforço da luta contra a «discriminação» das mulheres

D. Bernardito Auza focou prioridades como a economia e a educação

Cidade do Vaticano, 24 mar 2015 (Ecclesia) – O observador permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas (ONU) sublinhou em Nova Iorque a necessidade de continuar a lutar contra a “discriminação que continua a tocar hoje demasiadas mulheres”.

“Apesar dos esforços admiráveis que têm sido feitos e dos significativos avanços que têm sido conquistados neste campo, muitas mulheres ainda são alvo das mais variadas formas de violência, só por serem mulheres. Daí que todos os atores envolvidos tenham de continuar a lutar contra estas violações”, defendeu D. Bernardito Auza.

O arcebispo filipino deixou esta mensagem no âmbito da 59.ª sessão da comissão da ONU dedicada à Situação das Mulheres.

Segundo uma nota publicada hoje pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o delegado do Vaticano reconheceu que têm acontecido “progressos consideráveis” no que toca à “causa das mulheres” em diversos países.

“Sobretudo em áreas como a educação, a representatividade política e a participação económica. E as mulheres têm também vindo a liderar processos contra a discriminação, a nível público e privado, contra a pobreza e muitos outros desafios que atualmente enfrentam”, apontou aquele responsável.

“No entanto”, as mulheres continuam a “experimentar dificuldades muito específicas, relacionadas com políticas de emprego e de salário injustas, com a negação do acesso ao crédito e à propriedade, com situações de conflito e migração”, acrescentou.

Sendo elas “as principais vítimas da pobreza”, devem ser “encontradas soluções” e traçados “objetivos corajosos”, que tenham “real impacto no progresso” da população feminina no mundo.

D. Bernardito Auza sublinhou os aspetos económico e educativo, que depois têm toda a influência na estabilidade das mulheres e no desenvolvimento das suas famílias.

“Muitas mulheres não conseguem colocar os seus filhos na escola, favorecendo assim um ciclo vicioso de pobreza e marginalização. Embora os governos e a sociedade não tenham a obrigação de criar famílias, têm um papel fundamental na sua sustentação”, complementou.

JCP

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