«Oásis» português tem 50 anos

Há meio século em Portugal, o Movimento levou muitos jovens à experiência do Ser Oásis, que contagia agora muitas famílias Começou por trabalhar com jovens, mas actualmente também “exerce a sua pastoral com casais” – disse à agência ECCLESIA o Pe. Adélio Abreu, do secretariado do Movimento «Oásis» da diocese do Porto que está a celebrar o cinquentenário da sua presença em Portugal. A perspectiva do «sim» marca “muito a espiritualidade” deste movimento fundado pelo o sacerdote Virgínio Rotondi. Ao apontar a espiritualidade deste movimento, o Pe. Adélio Abreu realça a “proposta de santidade para todos”. Desenvolver as capacidades humanas de cada um; interesse pelo mundo e pela realidade para melhor servir; humildade e o «sim» a Cristo e o «sim» aos outros são dinâmicas que estão sempre presentes no movimento «Oásis». No fundo resume-se “ao serviço por amor” – frisou o Pe. Adélio. Para este movimento existem dois passos da Bíblia que são importantes para o «Oásis». “O relato da Anunciação (o Sim de Maria) e o Sim da Cruz de Jesus” – salienta este elemento do secretariado. Inserido nos movimentos de espiritualidade, o Pe. Adélio afirma que este «sim» terá de ser concretizado na “vida de todos os dias” A celebrar 50 anos de implementação em Portugal, o Movimento Oásis surge como uma proposta de formação que, sem ter calendário ou destinatários específicos, se centra nos jovens. No entanto, “os jovens que aderiram ao movimento cresceram, foram assumindo outras responsabilidades e o movimento alargou o âmbito da sua formação espiritual e religiosa” – explica o Pe. Eleutério Pais, Pároco de Santa Maria da Feira, pertencente à equipa nacional responsável pelo Movimento Oásis. Trabalhos com jovens, com casais, com crianças e adultos pautam as acções deste movimento. Formados, os participantes nos encontros vão depois, em diferentes quadrantes da sociedade exercer as suas funções e vocações, “local onde é importante serem testemunho e exemplo” – explica o sacerdote. Nas comemorações deste jubileu, o Movimento «Oásis» realizou, no centro de Espiritualidade de Ermesinde, um painel sobre «Ser Oásis em diversas etapas da vida». “Tivemos testemunhos de pessoas inseridas em diversas áreas profissionais” – relata o Pe. Adélio Abreu. A proposta assenta em encontros de formação com uma forte base espiritual, ou seja, “uma formação para a vivência”. Enquanto movimento, “não temos a preocupação da evangelização directa, mas tentamos formar para acção directa” – refere o Pe. Eleutério Pais. E acrescenta o Pe. Adélio: “Ser fermento no mundo”. Ontem e hoje (dia 26 de Abril), em Ermesinde, os oasistas estão em festa. A celebração dos 50 anos de implementação do Movimento Oásis em Portugal vai estender-se ao longo de todo o ano, encerrando em Março de 2009. D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa, foi um dos intervenientes neste encontro festivo e falou à Agência ECCLESIA sobre os desafios de futuro neste movimento. “Continuar uma pedagogia da santidade; ajudar que os cristãos tenham uma presença eficaz no mundo e procurar servir a Igreja numa mistagogia”. E conclui: “importa reagir contra o espiritualismo e termos uma mística que tenha incidência na transformação da sociedade”. Dados Históricos do Movimento «Oásis» Movimento de espiritualidade fundado em 1/11/1950 pelo Padre Rotondi, grande colaborador do P. Lombardi, no Movimento por um Mundo Melhor. Depressa se espalhou pelo mundo, tendo surgido em Portugal, em 1958, graças aos esforços do Cón. Ilídio Fernandes, de Lamego. A partir de 1969 entrou em fase de grande expansão. Carisma próprio deste Movimento é o de, utilizando Cursos, Encontros, Reuniões, levar o jovem a colocar-se em atitude de resposta afirmativa a qualquer chamada de Deus e da Igreja. Pretende criar um clima de total disponibilidade para Deus e para os outros. Esta proposta de completo desenvolvimento humano, atenção diligente e constante às necessidades do mundo, profunda humildade interior e exterior, resposta afirmativa aos apelos de Cristo, serviço aos irmãos em total generosidade, tem sido acolhida por muitos jovens que a levam como semente que vai crescendo e se estende a outros, sedentos de dar sentido às suas vidas. Actualmente está nas dioceses de Angra, Braga, Bragança, Évora, Lamego, Leiria, Lisboa, Porto, Viana, Vila Real, Viseu.

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