O refúgio de Ratzinger

Um dos refúgios espirituais do Cardeal Joseph Ratzinger, agora Papa, era um mosteiro de clausura de religiosas Beneditinas da província italiana da Toscânia, na localidade de Rosano. O cardeal Ratzinger “vinha com frequência à nossa abadia”, contam as Beneditinas de Santa Maria do Rosário. “A primeira vez foi em 1985, por ocasião da profissão de uma noviça. Antes de ir-se, ao despedir-se da mãe da nova professa, convidou-a a estar feliz, pois a sua filha estava num lugar seguro, no qual se vivia com uma serenidade única, com coerência e alegria a Regra de São Bento”, acrescentam. A Santa Sé, por iniciativa de João Paulo II, tinha pedido à comunidade de Rosano que tivesse um papel orientador na formação da comunidade de Beneditinas – composta por religiosas de vários países do mundo -, que desde o passado mês de Outubro se instalou no convento “Mater Ecclesiae” do Vaticano. “Desde então, Sua Eminência regressou em várias ocasiões, na Solenidade do Corpus Christi. Nesse dia, a nossa igreja enchia-se e ele conquistava todos com as suas profundas homilias e com a cordial simplicidade com a qual se entretinha com cada um no átrio no final da missa”, lembram as Beneditinas. Em Junho de 2001, o actual Papa veio a Rosano com o irmão sacerdote [Georg] para recordar o quinquagésimo aniversário de ordenação sacerdotal. “Quando lhe pedíamos que nos falasse dos problemas que nesse momento ocupavam e preocupavam de maneira particular a Congregação para a Doutrina da Fé, sempre demonstrou uma profunda clareza e sobretudo uma capacidade única para compreender o núcleo de cada questão e apresentá-lo com palavras simples, concisas, com uma explicação ágil e fluida”, referem as religiosas. Na Missa de início solene de pontificado, Bento XVI usou uma casula feita para João Paulo II pelas religiosas Beneditinas de Rosano.

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