O «outro» é o caminho para afrontar hostilidade à Igreja

Semana de Estudos Teológicos em Viana O critério evangélico do “próximo” é o caminho da conversão e a via para afrontar as hostilidades que a Igreja sofre neste tempo de perplexidades, defendeu Manuel Pinto na conferência inaugural da XVII Semana de Estudos Teológicos, em Viana do Castelo, que debate o futuro da Igreja na forma interrogativa. O director da Escola Superior de Teologia e Ciências Humanas referiu que este questionamento surge da sensação de «entalados» entre «uma Igreja de minoria que não somos » e uma «Igreja de cristandade » que já fomos. Assim e face a uma certa «deserção» de fiéis a Igreja, até em sintonia com o discurso do Papa aos Bispos portugueses durante a última visita “Ad Limina”, tem de «repensar-se» sobretudo em relação à «função e missão que os leigos têm». Manuel Pinto, um homem universitário da área da comunicação, trouxe a Viana do Castelo uma reflexão serena pautada de interrogações acerca da possibilidade da Igreja ser “vítima” de hostilidade. Uma possibilidade rapidamente passada a uma afirmação de que «não se pode fazer a figura de ingénuos» e dizer que não se vê nem percebem «sinais de uma hostilidade cruzada» que nasce de «suspeitas, de falta de diálogo e incomunicabilidade». Da sua experiência de homem que foi do jornalismo ficou com a convicção que uma grande parte se deve a «muita ignorância » acerca da religião e da Igreja que dá uma «percepção » enquistada vinda muitas vezes dos bancos da catequese há muito abandonados e cheia de preconceitos, «às vezes com razões fundadas », reconheceu. Para Manuel Pinto uma das formas, porventura maior, de hostilidade é o «indiferentismo », salientando que esta «resistência passiva» é uma forma de hostilidade, advertindo contudo para o facto de isto só ser possível num contexto de «relação» o que, na sua opinião, «implica a todos».

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