O interior devia interpelar o governo

O encerramento de “algumas empresas” – diz o Bispo da Guarda – causa “transtornos sociais difíceis de resolver”. Uma questão de incentivos porque “aquele povo tem muitas qualidades”. E dá o exemplo da “A23 que aproxima o interior do litoral” mas “é preciso mais”. O governo não esquece o interior mas “devia ser mais interpelado pela população” – sublinhou D. António dos Santos à Agência ECCLESIA. Durante três dias (21 a 23 de Novembro), as Cáritas Ibéricas (Portugal, Espanha e Andorra) estarão reunidas na cidade da Guarda. Segundo o prelado da diocese da Guarda, D. António dos Santos, “há um empenhamento muito grande da Cáritas diocesana para que o encontro tenha projecção a nível diocesano e também nas dioceses envolvidas”. Uma iniciativa “descentralizadora” onde os prelectores colocarão “a tónica na descoberta das necessidades” e depois “preparar pessoas” para a resolução dessas necessidades – disse à Agência ECCLESIA D. António dos Santos. Um apoio “não apenas na esmola imediata” mas na “promoção das próprias pessoas”. Em relação aos problemas sociais da diocese da Guarda, “temos situações de momento (caso dos incêndios) e outros mais prolongados”. Sobre a questão dos fogos, o prelado elucidou que “a diocese da Guarda abrange uma grande parte do distrito de Castelo Branco, zona bastante fustigada pelos incêndios”. Apesar dos danos o “nosso povo tem dentro de si uma grande capacidade fraternidade e solidariedade”. Ao nível dos problemas permanentes, D. António dos Santos citou a questão “do envelhecimento da população”. E avança: “os idosos não têm o apoio que mereciam, designadamente na questão da saúde”. Os lares da Terceira Idade têm ajudado mas “a melhor solução é a família”. Com o envelhecimento populacional e a falta de crianças, muitas “escolas fecham” e as crianças “têm de se deslocar para outras paragens” – refere.

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