«O homem acredita pouco nas palavras»

O Cardeal Saraiva Martins presidiu à ordenação de D. Manuel António dos Santos, novo bispo de S. Tomé e Príncipe. “O testemunho da nossa vida deve comprovar o que ensinamos” porque “o homem de hoje acredita pouco nas palavras. Só acredita na vida, nos factos e nos testemunhos” – afirmou esta manhã (dia 17 de Fevereiro), em Fátima, o cardeal Saraiva Martins na homilia de ordenação de D. Manuel António, novo bispo de S. Tomé e Príncipe. Ao ordenado, o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos pediu para que “o seu ministério seja verdadeiramente fecundo para o bem da Igreja e, de modo especial, da igreja de S. Tomé e Príncipe que lhe foi confiada”. Há oito décadas que os Missionários do Coração de Maria (Claretianos) se entregam à evangelização daquele povo lusófono. Tanto o presidente da celebração, D. José Saraiva Martins, como o ordenado são membros desta congregação. Constituído pastor e pai, o bispo “é ao mesmo tempo chefe e guia espiritual que valoriza os carismas do povo de Deus fazendo-os convergir num único fim: edificar a igreja” – realçou o celebrante. Ao fazer referência às funções dos bispos – Ensinar, Governar e Santificar – o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos recordou palavras de João Paulo II: “o ministério de santificação exige um testemunho e uma vida santa” porque “a vossa santidade não é uma questão pessoal é uma questão eclesial e reverte sempre em benefícios”. As funções do bispo “devem ser exercidas com profundo espírito de serviço”. O significado da palavra episcopal – realça o presidente – “não é o de uma honra mas o do serviço”. E acrescenta: “mais do que dominar, o bispo é chamado a servir”. “É um servidor de Cristo e da Igreja”. No ministério episcopal todo o bispo “está unido aos demais bispos pelo vinculo da colegialidade” por isso deve sentir “solicitude por todas as igrejas e estar disposto a dar uma ajuda às Igrejas mais necessitadas” – salienta o Cardeal Saraiva Martins. A dimensão missionária foi outro ponto realçado pelo celebrante durante a homilia. “A igreja é missionária por sua natureza” porque “a missionaridade pertence ao seu ADN” – esclareceu. E avança: “Igreja é sinónimo de missão e missão é sinónimo de Igreja”. Ao «irmão» ordenado, D. José Saraiva Martins sublinhou que este “tem um espírito profundamente missionária”. Com experiência em terras de missão, D. Manuel António irá para S. Tomé e Príncipe exercer o seu “múnus santificador”. E deixa conselhos: “sê fiel à Igreja e nunca desanimes no exercício do teu ministério episcopal”. “Anuncia o evangelho com coragem, entusiasmo e optimismo” – concluiu. Notícias relacionadas •A religião não pode servir para explorar os pobres

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