O exibicionismo do «barco do aborto»

Reacção do presidente da Comissão Episcopal da Família

“O problema fundamental não é o barco mas o aborto” – disse à Agência ECCLESIA D. Jacinto Botelho, bispo de Lamego e presidente da Comissão Episcopal da Família, sobre o navio holandês atracado a algumas milhas da Figueira da Foz e apelidado de «Barco do Aborto».

O aborto provocado num barco ou numa clinica “não muda a natureza da perversidade” – sublinhou o prelado de Lamego Em relação à publicidade dada pela Comunicação Social a este barco, D. Jacinto Botelho realça que este assunto é um “exagero” visto que promove “um atentado contra a vida”. Algumas pessoas que falam sobre o «barco do aborto» “não defendem a dignidade da vida humana” e “parece que falam para chocar as pessoas”.

Esta questão não é um problema religioso mas “de direito natural” – salienta. O concílio Vaticano II chama-lhe “crime abominável”. A vinda deste barco a Portugal “causa-me pena” porque, ao ouvir algumas pessoas a falar e dizer que “o nosso país está na cauda da Europa”, parece que “a expressão do progresso passa pelo aborto”.

Este barco “só pode causar polémica” porque “não há ninguém bem intencionada que possa concordar com esta exibição”. A adianta: “uma forma de exibicionismo”. Para o presidente da Comissão Episcopal da Família é “contraditório” que as mesmas pessoas que “fazem manifestações contra a guerra sejam apologistas do aborto”.

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