O “Corpo de Deus” faz parte da cultura do povo

O feriado do Corpo de Deus «quer dizer que o povo português acolheu no passado e integrou até ao presente este acontecimento na sua própria cultura, na expressão corrente do seu pensar, sentir afectivo e na forma de viver», sendo a presença das autoridades locais a sua expressão. Estas palavras do Bispo de Viana do Castelo, proferidas durante a oração de Vésperas na Sé Catedral, contrastam com o ambiente da cidade quando a procissão cruzou as artérias do centro histórico, com um punhado de pessoas nos passeios do percurso e algumas centenas integradas no cortejo, com a cidade a preparar-se para viver uma prova de atletismo que decorreu à noite. Sublinhando que o “dia santificado” quer significar que o conteúdo da fé cristã «atribui ao mistério da presença de Cristo na Eucaristia um lugar importante no núcleo central da nossa fé», o prelado vianense convidou os fiéis a manifestarem todo o «júbilo» por este Dom tão inefável concedido à humanidade». Por isso considera que a saída à rua «é uma atitude profética, anunciadora da boa nova ao mundo que nos rodeia». «Com este gesto litúrgico — prosseguiu D. José Pedreira — anunciamos aos homens que na Eucaristia está o sinal e o sacramento da unidade, o vínculo do amor», sendo assim a única força capaz de transformar a humanidade, tão necessitada de união, numa única família que viva a comunhão com Deus e com os homens. O Bispo de Viana, evocando a encíclica papal “A Igreja viva da Eucaristia”, frisou que a Eucaristia e a Igreja estão de tal modo unidas que «não podem ser concebidas uma sem a outra», ou seja, a «Igreja vive da Eucaristia e a Eucaristia vive da Igreja» e juntas comunicam a «luz e força» de que os homens necessitam para «viver como autênticos cristãos. Por isso, apropriando-se do lema do próximo Congresso Eucarístico Internacional, a realizar no México em Outubro, apontou a Eucaristia como “luz e vida do novo milénio”.

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