Novo Bispo ordenado este Domingo

D. António Couto espera servir Arquidiocese de Braga com olhar positivo sobre a realidade O novo Bispo Auxiliar de Braga, D. António Couto, é ordenado este Domingo no Seminário das Missões, em Cucujães, numa cerimónia presidida por D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa e Arcebispo Primaz de Braga. Presentes estarão também D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, e D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima. A nomeação de Bento XVI foi anunciada no passado dia 6 de Julho. O novo Bispo era, até então, Superior Geral da Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN). D. António Couto nasceu a 18 de Abril de 1952 em Vila Boa do Bispo, concelho de Marco de Canaveses, diocese do Porto. Com 11 anos entrou no seminário de Tomar da Sociedade Portuguesa das Missões Ultramarinas, então conhecida por Sociedade Missionária. Recebeu a ordenação sacerdotal a 3 de Dezembro de 1980. Os primeiros anos de sacerdócio foram vividos no Seminário de Tomar. Em 1982 fez o curso da Academia Militar e foi nomeado capelão militar. Transferiu-se depois para Roma, no Colégio Urbaniano, onde em 1986 obteve a licenciatura em Sagrada Escritura. Em 1989, depois de uma permanência de cerca de um ano em Jerusalém, no Instituto Franciscano de Emaús, obteve o doutoramento em Teologia Bíblica. Foi seguidamente professor de Sagrada Escritura até 1991, no Seminário de Luanda, em Angola. Regressado a Portugal, foi colocado no Seminário de Valadares com o encargo da formação dos estudantes de teologia. De 1996 a 1999 foi reitor do Seminário de Valadares e leccionou na Universidade Católica Portuguesa, no Porto. De 1999 a 2002 foi vigário geral e, neste ano, eleito Superior Geral da Sociedade Missionária da Boa Nova. A SMBN é composta por sacerdotes diocesanos e leigos que se consagram à evangelização. Surgida em Portugal, no ano de 1930, encontra-se actualmente em Angola, Brasil, Japão, Moçambique e Zâmbia. Em 2004, João Paulo II nomeou o futuro Bispo Auxiliar de Braga como membro da Congregação para a Evangelização dos Povos. D. António Couto é colaborador do Programa ECCLESIA (RTP2), da Igreja Católica, onde colabora regularmente desde 2005 na sua qualidade de biblista. É autor de artigos em enciclopédias, colectâneas e revistas, para além dos seguintes livros: Até um dia (poemas) 1987; Raízes histórico-culturais da Vila Boa do Bispo; A Aliança do Sinai como núcleo lógico-teológico central do Antigo Testamento (tese de doutoramento), 1990; Como uma dádiva. Caminhos de antropologia bíblica, 2002 (2.ª edição revista em 2005); Pentateuco. Caminho de uma vida agraciada, 2003 (2.ª edição revista, 2005). Olhar positivo Em declarações à Agência ECCLESIA, D. António Couto revela que o lema que vai adoptar se baseia numa passagem da profecia de Jeremias (1,11): “Vejo um ramo de amendoeira”. “Numa altura dificílima da história de Judá, em que o povo vai para o exílio e cai a cidade de Jerusalém, com a destruição do Templo”, Deus ofereceu ao profeta uma visão que foi para “além da desgraça, da morte e da miséria”, explica. “A amendoeira é uma das poucas árvores que floresce em pleno Inverno. Jeremias, em vez de ver a catástrofe ou a crise, tem os olhos postos na flor da esperança”, acrescenta o prelado. D. António Couto assegura, por isso, um ministério que não seguirá “o lado do pessimismo, mas o lado positivo”, desafiando as pessoas “a verem o belo e o bom”. O facto de a cerimónia decorrer no Seminário das Missões, da SMBN, faz com esta temática específica não possa deixar de estar presente. “Penso que, neste momento, a antiga paróquia fechada caiu e é preciso um novo dinamismo, que se dá na Missão”, aponta. Na carta que enviou à Diocese para assinalar esta ocasião, o Arcebispo de Braga falou do “compromisso de caminhar juntos no anúncio e vivência da Boa Nova da Salvação”. “A D. António Couto expressamos a mais profunda comunhão eclesial e asseguramos que o Povo do Minho saberá acolher a sua missão com entusiasmo e alegria. A sua vocação missionária vai tornar-nos mais missionários e o seu conhecimento da Palavra de Deus irá entusiasmar-nos pelos tesouros inauditos que ainda não saboreámos plenamente”, escreveu D. Jorge Ortiga.

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