Novo Bispo de Viseu apresenta prioridades para a Diocese

Nota para o ano pastoral 2006/2007 O Ano 2006-2007 vai ser, na nossa Diocese, um especial ano vocacional. É, sem dúvida, uma das preocupações de toda a Igreja. Cuidar e viver bem a vocação é cuidar da saúde e da felicidade de cada pessoa e de cada instituição e é, também, cuidar do ambiente que proporciona as condições para o crescimento harmónico das comunidades, onde nascem, desabrocham e se desenvolvem as diversas vocações. Esta opção aparece, na continuidade do tema proposto no ano passado, como prioritária e urgente. Não pela falta de vocações de consagração, concretamente no sacerdócio; mas porque é necessário reflectir as condições existentes na sociedade que permitam, promovam e ajudem a criar oportunidades para se pensar, a sério e de forma responsável, respostas para as questões fundamentais que se colocam a cada pessoa. Daqui, o empenhamento abrangente e alargado que este tema deve merecer em todas as dimensões da nossa acção eclesial: – Evangelização. É indispensável propor bem e de forma positiva a Boa Nova sobre a Vida, sobre a Pessoa Humana, sobre Deus, sobre a Igreja, sobre o Mundo. É necessário que a catequese motive, com o conhecimento de alguns conteúdos, a relação fraterna, o sentido de pertença e o encontro comunitário; – Celebração. É necessário celebrar bem a vida, viver em festa os nossos encontros semanais e dar sentido a tudo o que fazemos como acontecimentos da comunidade. A Eucaristia e as celebrações em geral devem ser inspiração e referência para todas as atitudes, palavras e gestos dos cristãos; – Pastoral. Importa que a vida seja uma relação permanente de procura, de escuta, de acolhimento e de alegria. Cada um – sobretudo o mais “pequeno”, o que mais sofre, ou o que está mais longe…, o “outro” – é chamado a ser um próximo, um vizinho, um amigo, um irmão. Jesus Cristo, o Bom Pastor, quer agir em cada cristão e, de forma especialíssima, nos seus pastores. Assim, a tarefa das vocações diz respeito a toda a Igreja, a todas as instituições, a todos os organismos, a toda a sociedade… Por isso, quero, com esta Nota Pastoral, convocar todos à acção: o Secretariado das Vocações, mas também o da Educação Cristã – com todos os Sectores e Departamentos – o da Família, o da Liturgia, o das Missões, o do Clero e o da Vida Consagrada, entre outros… Quero convocar todos os Movimentos e Organismos, sejam de carácter mais profético, mais activo ou mais contemplativo… Quero, para esta dinâmica, pedir o apoio, empenhado e activo, de todas as Congregações e Institutos Religiosos e Seculares… Quero comprometer, neste objectivo, os Seminários da Diocese e a estrutura do Pré-Seminário… Sobretudo, quero convocar à mobilização todas as Famílias e Comunidades, assumindo-se este tema como uma acção para toda a Diocese nas suas diversas dimensões eclesiais, tema e acção propostos, animados e orientados pelo Secretariado Diocesano das Vocações. Viver a vocação é viver uma experiência de amor, fruto de um diálogo, numa experiência de aliança; é testemunhar um Sim permanente num caminho pessoal que se vive na/com a Comunidade. Não o esqueçamos: este Sim é referência, é mão estendida, é apoio, é orientação, é luz, é proposta… pois o melhor anunciador e dinamizador das vocações, especialmente das de consagração, é aquele que a vive. Só Deus sabe quanto bem fará e onde chegará!… A Maria, no Seu Sim, pedimos indispensável intercessão e luminosa inspiração. 24 de Julho de 2006 Ilídio Leandro, Bispo de Viseu

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