«Novas Conversas na Ecclesia»: Gabriel Esteves é o novo presidente da Juventude Operária Católica (c/vídeo)

Engenheiro mecânico de profissão, começa um mandato de três anos na coordenação do movimento, funções que são desempenhadas pela primeira vez a tempo parcial

Lisboa, 09 fev 2021 (Ecclesia) – Gabriel Esteves foi eleito presidente da Juventude Operária Católica e inicia este ano de 2021 a coordenação do movimento, funções desempenhadas pela primeira vez a tempo parcial, na atenção ao impacto da pandemia e ao agravar da precariedade.

Natural da paróquia de Cacia, na Diocese de Aveiro, Gabriel Esteves é engenheiro mecânico de formação e profissão, pertence à Juventude Operária Católica desde 2011 e afirma que o facto de não coordenar o movimento como “dirigente livre” é  “o maior desafio”, sem contar com a pandemia.

“Ser o primeiro secretariado nacional sem estar a tempo inteiro é um grande desafio, porque só podemos dedicar o nosso tempo livre para fazer o que o movimento nos pede, não temos a disponibilidade e mobilidade para contactar todos os grupos e o nosso trabalho enquanto equipa de dirigentes é difícil”, afirmou.

Para além de Gabriel Esteve, eleito como presidente nacional da Juventude Operária Católica (JOC), João Esteves foi eleito secretário nacional e Daniela Ribeiro tesoureira nacional.

“Só mesmo quem esteja por missão e acredite neste processo e na evangelização de jovens trabalhadores é que pode aceitar este tipo de missões”, disse Gabriel Esteves.

Convidado na mais recente edição das “Novas Conversas na Ecclesia”, o novo presidente da JOC referiu que o impacto da pandemia esta a fazer-se sentir no âmbito da educação, pelas aulas remotas e a “falta da componente prática que prepara pouco para o mundo do trabalho”, e o acentuar da precariedade e da exploração no mundo do trabalho, que permite “esmifrar ainda mais os trabalhadores”.

Gabriel Alves constatou que a militância na JOC hoje não se assemelha ao impacto que o movimento teve nas décadas de 60 e 70 do século XX, quando os jovens começavam a trabalhar mais cedo, e, mesmo que a classe operária não seja igual a essa altura, “a precariedade continua a ser a raiz do problema”.

“A JOC não está focada nos números, porque se assim fosse teríamos uma caminhada mais leve, sem assumir passos firmes e seguros. Trabalhamos com as pessoas que nos surgem, numa caminhada séria, com valores”, afirmou Gabriel Esteves.

“Consolidação e expansão, formação, autonomia, comunicação e restruturação do movimento” são as prioridades da Juventude Operária Católica para os próximos três anos.

A JOC está implementada nas dioceses de Aveiro, Braga, Coimbra, Guarda, Leiria-Fátima, Lisboa, Santarém e Porto.

PR

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