O stock de Euros com a face do Papa, colocadas à venda esta manhã pelo departamento da numismática do Vaticano, esgotou-se por completo ao fim de 3 horas. Os conjuntos de 8 peças com um medalha em prata, de homenagem ao pintor Giotto, foram colocados à venda por 21 Euros – mais 6 do que em 2003 . Esta é a 26ª emissão de moedas da Santa Sé sob o Pontificado de João Paulo II, a terceira em Euros, e destina-se sobretudo a coleccionadores, dado serem peças pouco numerosas e de luxo. Foram colocadas ao dispor dos coleccionadores cerca de 65000 séries de 8 moedas com a efígie de João Paulo II, como em 2003, o que constitui um valor real de cerca de 252000 Euros. As primeiras séries de Euros produzidas pelo Vaticano atraíram milhares de coleccionadores e ainda hoje são muito procuradas, com numismatas dispostos a comprá-las a preço de ouro. A Santa Sé assinou, a 29 de Dezembro de 2000, a convenção monteária entre o Estado da Cidade do Vaticano e a Itália, no quadro do Comité monetário da União Europeia. Esta convenção deu ao Vaticano o direito de utilizar o Euro como moeda oficial. Os Euros do Vaticano, enquanto moeda única e nacional, tem valor legal em todos os países aderentes ao Euro. Todavia, dada a raridade destas peças, estas são preciosamente conservadas pelos seus proprietários e é impossível vê-las em circulação. O Vaticano celebra em 2004 o 75º Aniversário da assinatura dos “Pactos Lateranenses” que selaram um triplo acordo – um tratado político, um acordo financeiro e uma concordata -, e permitiram a criação do Vaticano como estado soberano. O tratado de 1929 fixou o carácter internacional da Santa Sé, que está reconhecida na legislação internacional e mantém relações diplomáticas com outras nações. A este respeito o Estado da Cidade do Vaticano foi instituído como “uma realidade jurídico-política à qual é necessário identificar e garantir a absoluta e visível independência da Sé Apostólica no exercício de sua elevada missão espiritual no mundo”. O Estado da Cidade do Vaticano tem um território de 44 hectares e está situado no “mons vaticanus”, a “oitava colina” de Roma. As suas fronteiras são as Muralhas Leoninas e o círculo de mármore, no solo, onde confluem os dois braços da colunata de Bernini, na Praça São Pedro.