Diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais recorda mensagens do Papa sobre «importância decisiva de um jornalismo atento, independente, corajoso»
Lisboa, 08 out 2021 (Ecclesia) – A diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), da Igreja Católica em Portugal, afirmou hoje que a atribuição do Prémio Nobel da Paz 2021 a dois jornalistas “dignifica” todos os jornalistas que “lutam pela liberdade de expressão”.
“É motivo de alegria e dignifica de um modo claro, o trabalho de todos os jornalistas que lutam pela liberdade de expressão”, referiu Isabel Figueiredo à Agência ECCLESIA.
O Comité Nobel norueguês, em Oslo, anunciou esta sexta-feira que o Prémio Nobel da Paz 2021 é para os jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitry Muratov, da Rússia, pelos seus “esforços na defesa da liberdade de expressão, que é uma condição necessária para a democracia e a paz duradoura”.
A diretora do SNCS assinala que o Papa Francisco tem repetido a “importância decisiva de um jornalismo atento, independente, corajoso”.
“O dia de hoje mostra que é possível, que acontece, que é exemplo para o mundo e, de um modo especial, para as gerações mais novas, que continuam a acreditar na importância de anunciar e denunciar, na construção da justiça e da paz”, desenvolveu Isabel Figueiredo.
Segundo o Comité Nobel norueguês, Maria Ressa e Dmitry Muratov representam todos os jornalistas “que se erguem” pelo ideal “num mundo em que a democracia e a liberdade de imprensa enfrentam condições cada vez mais adversas”.
A Academia explica que Maria Ressa, de 58 anos, cofundadora do site de notícias Rappler, “usa a liberdade de expressão para expor o abuso de poder, o uso da violência e o autoritarismo crescente no seu país de origem, as Filipinas”.
O russo Dmitry Muratov, aos 59 anos de idade, é distinguido por há “décadas defender a liberdade de expressão na Rússia, em condições cada vez mais desafiantes”, foi um dos fundadores do ‘Novaya Gazeta’, que é considerado um dos jornais mais independentes da Rússia.
CB/OC