«Não há iniciação cristã sem conversão contínua»

Sublinhou D. José Policarpo no Dia da Igreja Diocesana de Lisboa “Um dos frutos que esperamos do Congresso que se aproxima é que ele leve a Igreja de Lisboa a conceber a evangelização” como testemunho “atraente de Jesus Cristo Vivo, e da vida em que Ele nos introduz, levando outros, sobretudo os jovens, a sentirem-se atraídos por Ele” – referiu D. José Policarpo, Patriarca de Lisboa, na celebração do Dia da Igreja Diocesana de Lisboa, 22 de Maio, no Seminário dos Olivais. Instituído pelo Cardeal António Ribeiro, em 1980, o Dia da Igreja Diocesana celebrou as suas bodas de prata no ano em que a Diocese prepara o Congresso Internacional para a Nova Evangelização. Nove ateliers marcaram a reflexão para os catequistas e para as famílias. A reflexão incidia nas diferentes dimensões da vida cristã. D. Manuel Clemente, bispo auxiliar de Lisboa, dirigiu a sua reflexão sobre a história da Catequese nos últimos 50 anos, enquanto João Araújo se debruçou sobre o 10º aniversário da publicação da encíclica de João Paulo II “Evangelho da Vida”. Os catequistas e as famílias puderam ainda reflectir em outras dimensões como o Ano da Eucaristia, os pais do terceiro milénio, a catequese de adultos e da adolescência e as vocações sacerdotais O momento mais esperado pela criançada chegou ao mesmo tempo em que eram inaugurados os ateliers. Pelas 11 horas era chegado o momento de se inaugurarem os jogos da família. Numa bela manhã de primavera, as crianças podiam fazer os seus jogos preparados nos jardins do seminário ou então dar uma volta nos cavalos. Diferentes famílias com os filhos exibiram músicas e teatros que animaram a tarde. As famílias foram chamadas a partilhar a sua vida cristã. Uns com cinco, outros com doze filhos foram dando testemunho da forma como têm educado os seus filhos na fé, das dificuldades que têm enfrentado, mas também da alegria de ter a esperança da fé cristã. A Eucaristia foi o ponto culminante de todo o dia. Cerca de duas mil pessoas participaram na celebração presidida por D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, e concelebrada por cerca de meia centena de padres. Na sua homilia, D. José Policarpo referiu a ocasião que uniu a Festa da Família aos 50 anos da criação da Voz da Catequese. Referindo-se ao Congresso Internacional para a Nova Evangelização, disse que “tudo isto me sugere que aprofunde convosco este mistério de uma Igreja concreta, que somos nós, que brota deste amor de Deus, no qual participa por Jesus Cristo, com a força criadora do Espírito, que está consciente de que toda a catequese deve ser iniciação a esta vida divina e de que a família, Igreja doméstica, é o modelo de comunidade de vida e de amor, que inicia à vida e ao amor”. Referindo-se à catequese, referiu que “na sua pedagogia catequética, a Igreja, conduzida pelo Espírito, percorre com os cristãos o itinerário sugerido nesta pedagogia de Jesus: atrair, mostrando que Cristo continua hoje a atrair; provocar a decisão de O seguir, com confiança e sem reservas, momento em que pode ganhar forma uma vocação ou chamamento pessoal; aceitar a exigência da purificação pascal de todo o nosso ser, mesmo do nosso corpo, para o tornar capaz do amor”. Assim, acrescentou que “não há iniciação cristã sem conversão contínua. Num grupo de iniciação à vida, o catequista tem uma missão pastoral, participando do “múnus” pastoral da Igreja. Isto exige que a catequese não se refugie no “modelo escolar” de lugar de comunicação de conhecimentos, mas se abra ao modelo de “comunidade de vida” que ao ritmo da descoberta da vida, aprofunda a sua compreensão”.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top