Uma parte do Contributo Penitencial de 2008 da Arquidiocese de Braga vai ser aplicada na reconstrução da igreja e residência paroquial de Bolama, na Guiné-Bissau. O anúncio foi feito ontem na reunião do Conselho Presbiteral de Braga, que decorreu no Centro Cultural e Pastoral da Arquidiocese. A construção do Centro Universitário em Gualtar, perto da Universidade do Minho, é outra das finalidades da Renúncia Quaresmal em Braga, no próximo ano. Tal como para a Guiné-Bissau, para Gualtar serão enviados 45 por cento das esmolas recolhidas. Os restantes 10 por cento do Contributo Penitencial destinam-se ao Fundo de Solidariedade da Conferência Episcopal Portuguesa (5 por cento) e para a construção de igrejas nas paróquias mais pobres da Arquidiocese de Braga (5 por cento). Na reunião de ontem do Conselho Presbiteral falou-se também dos peditórios estipulados como obrigatórios em todas as igrejas – a entrega deve ser feita até 31 de Dezembro, nos Serviços Centrais da Arquidiocese – e da necessidade de se reservar espaços para os actos de culto nas novas urbanizações. A integração das sedes dos escuteiros no conjunto dos centros paroquiais foi outro dos assuntos falados. Na reunião pediu-se também que os párocos apresentem na Cúria, com urgência, a constituição dos Conselhos Económicos – em Janeiro realizar-se-á, em cada arciprestado, uma reunião para formação. No discurso de abertura, o Arcebispo de Braga disse que a não existência de conselhos económicos e pastorais nas paróquias enquadra-se nos “recados” de Bento XVI à Igreja em Portugal, durante a recente visita “Ad Limina”. «Da sua operacionalidade e funcionalidade, como “formas de integração na comunidade”, só cada um poderá aquilatar. […] Devo reconhecer que se trata dum “recado” do Papa para algumas comunidades que ainda não decidiram assumir este “estilo de organização”. Seria, porém, injusto se não reconhecesse muito caminho andado. Daí que a mudança de mentalidade continuará a questionar sacerdotes e leigos», disse.