Myanmar: AIS lança campanha de ajuda

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) acaba de lançar uma campanha de solidariedade para fazer frente à devastação provocada pelo ciclone Nargis em várias regiões meridionais de Myanmar, antiga Birmânia, a 2 e 3 de Maio. A catástrofe natural fez mais de 62 000 mortos e desaparecidos. Milhões de pessoas ficaram sem abrigo devido às inundações e à destruição provocada pela passagem do Nargis. Os sobreviventes enfrentaram noites sem electricidade nem distribuição de água depois do ciclone ter varrido a região, provocando o encerramento das estradas e o derrube das árvores. A comunidade internacional manifestou a sua solidariedade mobilizando-se na distribuição de ajudas básicas entre os afectados, tal como plásticos para cobrir os telhados arrancados pelo ciclone, pastilhas para tornar a água potável, cobertores, roupa e alimentos de primeira necessidade. Os danos provocados pelo ciclone Nargis atingem uma dimensão que só tem paralelo com o tsunami que, em 2004, varreu as regiões asiáticas banhadas pelo Índico. Myanmar é um dos países mais pobres da Ásia e um dos mais isolados do resto do mundo. No país existe apenas uma pequena minoria cristã que vive num ambiente maioritariamente budista. A vida dos cristãos é marcada pela pobreza, sofrimento e perseguição, mas apesar de todas as dificuldades, a pequena comunidade católica continua empenhada na sua missão. Para além da pobreza que aflige grande parte da população, a Igreja de Myanmar debate-se com a contínua opressão por parte do regime militar que, através de uma rede de informadores, controla as actividades, as visitas e as chamadas telefónicas do clero católico. Neste momento, a Igreja não olha a meios para socorrer os feridos, alimentar os famintos, chorar e enterrar os mortos. No entanto, após a retirada das agências internacionais de ajuda humanitária, os cristãos de Myanmar vão precisar de todo o nosso apoio para a reconstrução das estruturas devastadas pela passagem do ciclone. A AIS recebeu uma mensagem do Arcebispo Charles Bo, Arcebispo de Yangun, na qual este responsável agradece a ajuda e a oração da organização católica internacional e dos seus benfeitores. O seu pedido de ajuda foi respondido, nesta fase, com o envio de 30 mil Euros para o auxílio imediato às vítimas. Criada em 1947 pelo Padre Werenfried van Straaten, inspirado na mensagem de Fátima, a Ajuda à Igreja que Sofre é uma organização universal, dependente da Santa Sé, que apoia projectos pastorais em mais de 130 países onde a Igreja se encontra em dificuldades. A organização mantém escritórios próprios em 17 países, incluindo Portugal.

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