Museu do Seminário de Beja dá a conhecer património histórico e religioso

Com uma audiência próxima das 500 pessoas na sua inauguração, o Museu do Seminário de Beja, a sexta unidade da Rede Museológica na Diocese de Beja, é mais uma aposta ganha por parte do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. O Museu apresenta “três núcleos muito fortes” refere refere José António Falcão, director do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja em declarações à Agência ECCLESIA. O primeiro diz respeito ao período anterior ao Cristianismo, onde se pode admirar uma tampa gravada que representa o armamento de um guerreiro da protohistória, “uma peça notável que mostra as práticas religiosas nesse período”; um segundo sector incide sobre a época da implantação do cristianismo e a iniciação da diocese de Beja, onde se pode admirar “um ábaco proveniente de Messejana” e um terceiro sector sobre a entrada na História moderna “mostrando Beja como cidade sagrada, que conta a vida da cidade e da Igreja desde o Séc XVI ao Séc XX” onde se podem encontrar vestígios e fotografias das antigas freiras e monjas dos últimos conventos de Beja” explica José Falcão. A cerimónia de inauguração “foi muito concorrida e todas as intervenções seguiram a linha de que o museu é um marco histórico para o património religioso do Alentejo, mas que também significa a concretização de um projecto de 50 anos” afirma. O Museu do Seminário de Beja faz parte da Rede Museológica na diocese de Beja, José Falcão refere que é surpreendente a “grande adesão que tem registado a este género de património”. É mais uma etapa decisiva, pois apenas resta concretizar um último projecto desta Rede “a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres que vai receber o Museu Episcopal de Beja”. Estes museus vieram colmatar uma lacuna sentida na diocese e fornecer informação sobre o património religioso inexistente, até agora, em Beja. A participação está a ser muito boa “com especial incidência para os que se encontram na zona litoral” com uma participação entusiástica. Nas palavras de José Falcão, lutar contra o preconceito que os portugueses fazem do Alentejo “um território desértico, com uma linda paisagem mas com pouco mais a oferecer” faz parte deste projecto. Mostrar que o Alentejo é “um local muito interessante cheio de história, de património, referências, um conjunto de tradições que valem a pena conhecer” mostrando as grandes potencialidades quer do turismo religioso quer do turismo ambiental, refere. O Museu já se encontra aberto ao público.

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