Movimentos católicos fora da política

Pedido de D. José Policarpo O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. José Policarpo, defendeu que os movimentos católicos deve afirmar-se na sua especificidade e não se deixar confundir com abordagens políticas, sindicais ou sociológicas. Ao presidir ao encerramento do XII Congresso da Liga Operária Católica/Movimento dos Trabalhadores Cristãos, D. José Policarpo disse que os movimentos de acção católica devem assumir a diferença “pela especificidade da maneira de estar cristã, a missão”. Lembrando que já no passado se pôs o problema da isenção política, “que esteve na génese de certa crise”, o presidente da CEP considerou que esse desafio ” é ainda mais difícil hoje”. “A nossa maneira de estar não se pode confundir com abordagens políticas, sindicais ou sociológicas. Estamos do lado do Evangelho”, declarou. Na sua mensagem, o Cardeal-Patriarca de Lisboa manifestou o seu apreço pelo trabalho da LOC/MTC, considerando que, para um Movimento como este, com uma longa história, o mais importante é “projectar o futuro”, incentivando os militantes a agir na sociedade, preservando sempre “a sua maneira original de intervir”. D. José Policarpo questionou o Congresso sobre se “o que resta dos movimentos da acção católica podem ou não ser o ponto de partida para a viragem necessária, perante a laicização da sociedade, procurando acentuar a presença da Igreja”. “Estamos a preservar simplesmente uma memória, ou uma memória carregada de projecto?”, concluiu.

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