Movimento Fé e Luz do Porto encontra-se com D. Manuel Clemente

Num convite que partiu de D. Manuel Clemente, o Movimento Fé e Luz quis dar-se a conhecer ao Bispo do Porto, que manifestava interesse em perceber a realidade deste Movimento implementado na diocese. A abertura, a boa disposição com ambiente lúdico e descontraído, numa postura próxima de D. Manuel Clemente com os participantes “querendo saber histórias e realidades”, fizeram do dia uma festa, afirma à Agência ECCLESIA Augusta Pacheco, Coordenadora do Movimento Fé e Luz da região Norte. O dia 2 de Fevereiro é o Dia Fé e Luz. Este Movimento, com uma história de quase 40 anos, nasceu da rejeição de pessoas com deficiência. Tem por isso, como objectivo a integração das pessoas com deficiência na Igreja e na sociedade, mas também dar apoio a familiares e amigos. Das nove comunidades existentes na diocese do Porto, Augusta Pacheco dá conta da presença de sete no encontro. “Cerca de 150 pessoas”, concretiza. As comunidades nasceram na realidade paroquial, por “ordem logística e pela participação que as próprias pessoas têm na paróquia”. Mas não é factor decisivo. A par da participação nas actividades paroquiais, o Movimento organiza encontros entre pais e pessoas com deficiência. Os deficientes são pessoas muito comunicativas. “São muito alegres e por isso muito disponíveis para conviver”, explica Augusta Pacheco. Os cânticos e a mímica são essenciais nos encontros. “Pouca conversa e um investimento na parte visual”, explica a Coordenadora da região Norte. Normalmente os encontros mensais pautam-se por uma reflexão. Com os amigos especiais, “nome que damos às pessoas com deficiência, tentamos apelar à criatividade”, explica a responsável pela região norte, recorrendo a mímica e trabalhos manuais. A criatividade é essencial pois a realidade das pessoas com deficiência é diversa. Trissomia 21, paralisia cerebral, problemas decorrentes do parto, ou problemas decorrentes de febres que provocaram deficiências mentais são alguns dos problemas que as pessoas enfrentam. Nos encontros com os pais o apoio é a palavra de ordem, para “não se sentirem sozinhos”. Uma grande preocupação dos pais é “o que será do meu filho quando eu morrer”, refere Augusta Pacheco. Esta é uma situação que “ainda não resolvemos”, explica. De qualquer forma, a partilha das dificuldades mês a mês “ajuda a viver o dia a dia com pessoas que precisam de cuidados diferentes, além de mostrar que esta exigência é vivida por mais pessoas”. A convivência com pessoas com deficiência mostra que “há coisas mais importantes na vida do que o imediato do dia a dia”.

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