Mortes na estrada: «Dia da Memória» passa a integrar Programa Pastoral da diocese do Algarve

O bispo do Algarve decidiu que o “Dia da Memória”, evocado a 20 de Novembro para lembrar as vítimas mortais de acidentes rodoviários, vai passar a fazer parte do calendário pastoral da diocese.

O anúncio foi feito por D. Manuel Quintas durante a missa celebrada em Loulé no último Sábado.

“Este ano, ao ser convidado para me integrar nesta celebração, despertei para esta realidade do ponto de vista pastoral. Certamente que nos próximos anos vamos inserir a celebração deste dia no Programa da diocese”, afirmou o prelado, citado pelo jornal “Folha do Domingo”.

Na eucaristia realizada no Santuário da Mãe Soberana, em Loulé, o prelado sublinhou o sentido pedagógico da celebração e a possibilidade de conforto que ela confere “a todos aqueles que perderam familiares, colegas ou amigos”.

O vogal da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana considerou que há “um caminho muito grande a percorrer no sentido de envolvermos mais gente” nesta evocação anual, iniciada em 1995 por iniciativa da Federação Europeia das Vítimas da Estrada.

Segundo o prelado, a sinistralidade rodoviária constitui “um verdadeiro flagelo das sociedades modernas e um dos mais graves problemas de saúde pública, que se traduz num fim abrupto e fatídico de tantas vidas e que causam um sofrimento profundo a tantas famílias”.

D. Manuel Quintas recordou que o Papa João Paulo II empenhou-se em 2002 na promoção do “Dia da Memória” e lançou um apelo à paz entre os automobilistas.

“Quanto mais a estrada for considerada como meio de partilha, respeito e comunhão entre aqueles que nela circulam, e não como meio de manifestação de poder, domínio e competição, maior consciência cívica e prevenção e, necessariamente, menos acidentes, menos mortos e feridos haverá”, observou.

A governadora civil de Faro, presente na missa, agradeceu o “empenhamento maior” da diocese algarvia: “Assim desmultiplicaremos as nossas vozes”, disse Isilda Gomes.

“Que daqui, da Mãe Soberana, soprem ventos de paz para a nossa região e para o nosso país”, pediu a responsável.

“Andar na estrada pode ser um acto de prazer ou um acto de dor, um momento de paz ou um momento de guerra. Que não se derrame mais sangue nas nossas estradas. Está nas nossas mãos. Que esta guerra seja uma guerra ganha”, apelou Isilda Gomes.

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