Mongólia: Cáritas desenvolve sete programas principais, na missão de «devolver a dignidade humana aos pobres»

Organização iniciou atividade no ano 2000, ajudando os pastores afetados pelo «zud», o típico «inverno rigoroso»

Foto: Vatican News

Cidade do Vaticano, 28 ago 2023 (Ecclesia) – A Caritas Mongólia, que faz parte da rede da Caritas Internationalis, desenvolve “sete programas principais”, com a missão de “devolver a dignidade humana aos pobres através de um processo de capacitação” e construção de uma comunidade solidária.

“A missão da Caritas Mongólia consiste em devolver a dignidade humana aos pobres através de um processo de capacitação e em construir uma comunidade solidária e solidária para o seu bem-estar”, informa a Sala de Imprensa da Santa Sé, em comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

O trabalho e os programas da Cáritas Mongólia, acrescenta, são orientados por uma abordagem “baseada na comunidade, assente nos princípios da Doutrina Social Católica”, e, neste momento, tem sete programas principais: Capacitação de Cooperativas; Educação; Resposta a Emergências; Segurança Alimentar e Agricultura; Liderança e Defesa das Mulheres; Investigação e Desenvolvimento e Reintegração Social.

A organização de solidariedade iniciou as suas atividades na Mongólia no ano 2000, no apoio aos pastores afetados pelas “condições extremas do inverno, conhecidas como «zud», entre 1999 e 2000”, ajudando cerca de 450.000 pastores que perderam “cerca de três milhões de animais”, muitos pastores mudaram para as zonas urbanas e tiveram dificuldade em encontrar trabalho e abrigos.

Durante esse período, com o apoio da Cáritas Internationalis, a Cáritas Mongólia lançou o seu primeiro “apelo de emergência” para ajudar os pastores das zonas rurais que sofreram as consequências do “inverno rigoroso” (zud), entre 1999 e 2003, e através desse programa de emergência, as suas famílias receberam “ajuda alimentar, assistência médica e apoio a infraestruturas”, como a reparação de poços e a renovação de instalações educativas nas zonas rurais.

Segundo o comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, o principal objetivo para a criação da Caritas Mongólia foi “testemunhar a solidariedade universal com os pobres e vulneráveis e a realização de uma sociedade justa”, onde os direitos das pessoas são respeitados e o desenvolvimento integral das pessoas é promovido, “as comunidades são reconstruídas, renovadas e capacitadas”.

A Caritas Mongólia tornou-se membro oficial da rede Caritas Internationalis, em abril de 2010, uma confederação de 162 Caritas nacionais que trabalham em 200 países e territórios, e essa colaboração tem sido “vital para o trabalho” realizado no país asiático, permitindo-lhe expandir os seus programas e “incluir a educação, a assistência social e humanitária, a segurança alimentar e a agricultura, a migração, a reconstrução dos meios de subsistência e os projetos de construção de comunidades nas zonas rurais”, e “também tem sido uma prioridade” a redução do impacto das catástrofes naturais e a proteção do ambiente.

O Papa Francisco vai visitar a Mongólia, ao encontro de uma Igreja com 1400 fiéis com o tema ‘Esperar juntos’, de 31 de agosto a 4 de setembro, e, segundo o programa, estão previstos quatro discursos e uma homilia.

Este domingo, no Vaticano, o Papa mostrou-se “feliz” por poder visitar pela primeira vez a Mongólia, “uma viagem de alguns dias ao coração da Ásia”, a partir da próxima quinta-feira, sublinhando a “tradição religiosa” do país asiático.

CB

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