Vaticano: Papa mostra-se «feliz» por visitar Mongólia, no «coração da Ásia»

Viagem decorre de 31 de agosto a 4 de setembro, com dimensão inter-religiosa

Cidade do Vaticano, 27 ago 2023 (Ecclesia) – O Papa mostrou-se hoje “feliz” por poder visitar pela primeira vez a Mongólia, a partir da próxima quinta-feira, sublinhando a “tradição religiosa” do país asiático.

Na próxima quinta-feira, parto para uma viagem de alguns dias ao coração da Ásia, à Mongólia. Trata-se de uma visita muito desejada. Será uma ocasião para abraçar uma Igreja pequena nos números, mas viva na fé e grande na caridade”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus.

Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, Francisco manifestou a sua intenção de “ver de perto um povo nobre, sábio, com uma grande tradição religiosa”, que vai ter “a honra de conhecer, especialmente no contexto de um encontro inter-religioso”.

“Desejo, agora, dirigir-me precisamente a vós, irmãos e irmãs da Mongólia, para vos dizer que estou feliz por viajar para estar entre vós, como irmão de todos. Agradeço às vossas autoridades pelo cordial convite e a quantos, com grande empenho, estão a preparar a minha chegada”, referiu, numa intervenção transmitida online.

“Peço a todos que acompanhem esta visita com a oração”, acrescentou.

Esta será a quarta viagem internacional do Papa em 2023, depois das passagens pela República Democrática do Congo e Sudão do Sul, Hungria e Portugal, onde presidiu à JMJ, em Lisboa.

Francisco será o primeiro pontífice a deslocar-se à Mongólia, país que São João Paulo II visitar em 2003, sendo impedido devido ao agravamento do seu estado de saúde.

A comunidade católica no país asiático tem 1400 batizados.

A viagem, com o tema ‘Esperar juntos’, decorre de 31 de agosto a 4 de setembro, estando previstos quatro discursos e uma homilia.

O portal de notícias do Vaticano destaca que o Papa se vai encontrar com “uma das menores Igrejas do mundo”, já que após a primeira proclamação do Evangelho, no primeiro milénio, “todos os vestígios foram perdidos” na Mongólia; a comunidade católica “renasceu” há 30 anos.

Francisco criou cardeal, no consistório de 2022, o prefeito apostólico de Ulaanbaatar, D. Giorgio Marengo, missionário italiano da Consolata, de 49 anos, que é o mais jovem membro do Colégio Cardinalício.

O Papa recebeu em 2022 uma delegação do governo mongol, que fez o convite oficial para a visita ao país asiático.

Desde a sua eleição pontifícia, em 2013, Francisco fez 42 viagens e visitou 60 países: Portugal (2017 e 2023), Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão, Iraque, Eslováquia, Chipre, Grécia (após ter estado anteriormente em Lesbos),  Malta, Canadá, Cazaquistão, Barém, República Democrática do Congo, Sudão do Sul e Hungria; Estrasburgo (França) – onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa -, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Genebra (Suíça).

OC

Igreja/Ásia: «Esperar juntos», é o tema da viagem do Papa à Mongólia

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