Moçambique: Conferência Episcopal denuncia «aumento de atos de guerra, violência, destruição e morte»

Comunicado final da Assembleia Plenária fala na crise em Cabo Delgado e alerta para impacto da Covid-19

Maputo, 19 abr 2021 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) denunciou em comunicado o aumento de “atos de guerra, violência, destruição e morte” no país, aludindo à crise na província de Cabo Delgado.

“Constatamos com profunda mágoa o aumento de atos de guerra, violência, destruição e morte com todas as suas consequências de sofrimento, medo e desestabilização no povo. Refletimos sobre qual poderia ser a melhor maneira de contribuir como Igreja para aliviar esta tragédia”, referem os bispos católicos, no final da sua primeira Assembleia Plenária de 2021, que decorreu de 12 a 18 de abril.

O comunicado sublinha o impacto da guerra em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, que já provocou mais de 2 mil mortos e 700 mil deslocados, e também de “outras formas de violência, raptos, criminalidade e violação dos direitos humanos”.

“Dirigimos a nossa saudação e manifestamos a nossa proximidade fraterna de modo particular aos nossos irmãos deslocados de Cabo Delgado. Oramos para que se encontre, em breve, o fim do terrível conflito e a superação do drama humanitário”, indicam os membros da CEM.

O documento aborda ainda o impacto da pandemia de Covid-19, “com todas as suas consequências de desemprego, fome e sofrimento”, bem como na suspensão das celebrações comunitárias, na Igreja Católica.

“Estes desafios oferecem-nos oportunidades de sermos mais criativos nos métodos de evangelização, potenciando a catequese familiar, distribuindo subsídios para as celebrações em família. Somos desafiados a ser uma Igreja em saída. Esperamos que seja para breve a reabertura dos lugares de culto”, assinalam os bispos de Moçambique.

A CEM pede ainda que, a partir do reinício das aulas em todos os sistemas do ensino, as dioceses prossigam com a catequese, no cumprimento de todas as medidas preventivas da Covid-19.

Os trabalhos abordaram a preparação da IV Assembleia Nacional de Pastoral, que vai ter lugar em Nampula, em maio de 2023.

OC

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