Missionários da Consolata: Jovens partem para a Costa do Marfim, em missão centrada nas crianças

«Missão Apôh» tem como foco principal a saúde e a educação, durante o mês de agosto

Foto: Missionários da Consolata

Lisboa, 27 jul 2022 (Ecclesia) – Joana Santos, interna de Medicina Geral e Familiar, e Catarina Guerra, de Serviço Social, integram o grupo de 12 jovens do Voluntariado Missionário da Consolata (VMC) que vai partir em agosto para a Costa do Marfim.

“Só vamos um mês, não conseguimos fazer uma grande mudança, mas se conseguimos que algumas mamãs possam arranjar um miniprojeto é bastante bom”, disse Catarina Guerra à Agência ECCLESIA.

O Voluntariado Missionário da Consolata em Portugal vai realizar uma missão de capacitação e dignificação da população em Marandallah, no interior da Costa do Marfim, centrada na educação, com o equipamento de salas em escolas e entrega de material a estudantes, na saúde, e no diálogo inter-religioso, de 1 a 30 de agosto.

“Existe uma grande necessidade e temos de ajudar as pessoas naquele mês. Já estiveram outros missionários e vamos dar continuidade a este trabalho”, referiu Catarina Guerra, afirmando que vão para ajudar a uma “mudança social, na luta pelos direitos humanos e pela justiça social”.

Neste contexto, Joana Santos salienta a continuidade dos projetos, e revela que gosta muito nos Missionários da Consolata saberem para onde vão, “conversar sobre a missão”: “Já começou e vai continuar depois de nós sairmos, é uma coisa em construção”.

Catarina Guerra, jovem de 25 anos, pertence à Consolata há “alguns anos” e vai pela terceira vez em missão para a África, depois das “melhores experiências da vida” em Angola e na Tanzânia.

“Ter ouvido testemunhos de outros missionários foi bastante importante. Uma missão é algo diferente, poder ajudar quem está do outro lado, porque vamos para países com pobreza extrema, nem que seja uma mudança mínima é bastante importante”, desenvolveu.

Foto: Joana Santos

Joana Santos, médica interna de Medicina Geral e Familiar, explica que vão fazer um pouco de tudo, e na sua área profissional adianta que há um médico no centro de saúde, “que também funciona como hospital”, onde fazem “saúde infantil, saúde da mulher, saúde do adulto, fazem partos”, e têm uma farmácia com poucos recursos que vão “ajudar a equipar”.

Com 30 anos de idade, a entrevistada tem dois filhos – um adolescente de 15 anos e uma bebé -, já esteve em missão na Índia, que foi “uma experiência um pouco negativa”, há 10 anos, em contexto universitário, e participou em diversas iniciativas com as Guia de Portugal, como no Banco Alimentar e a ajudar nos incêndios florestais de 2017, em Pedrógão Grande e, depois, no que deflagrou a 15 de outubro.

“Desde que entrei em Medicina achava que só queria ser médica para fazer alguma coisa num país em vias de desenvolvimento; a minha filha tem um ano e meio e decidi que está na altura certa para ir, ter a experiência que queria de ajudar”, desenvolveu Joana Santos.

‘Missão Apôh – Costa do Marfim 2022’, é o nome deste projeto que se vai realizar em Marandallah, no interior do país, onde os Missionários da Consolata estão desde 2002; “Apôh” significa “amor”, em Senufo, a língua local.

Foto: Catarina Guerra

“Principalmente vamos levar amor, não só nosso, mas também de todas as pessoas de Portugal que nos ajudaram e transpor este amor de todos na missão vai ser bastante importante, transmitir às pessoas toda a ajuda que houve para o seu bem-estar. É bastante importante e de certeza que vai tocar em muitos corações”, explicou Catarina Guerra, salientando ainda que a missão é principalmente “estar, é o abraçar, o brincar, com as crianças”.

“Quando fui para a India dizia ‘vou fazer tudo com amor’, e sinto que faço isso no dia-a-dia, em tudo, e o mais importante é fazer disso o nosso modo de viver. O amor é importante na nossa forma de viver”, acrescentou Joana Santos, que destacou a “recetividade das pessoas muito boa” aos apelos de solidariedade.

Os 12 jovens do VMC têm idades entre os 19 e os 34 anos; a maioria são estudantes e alguns já trabalham, três são da região do Porto, nove de Lisboa e Vale do Tejo, e vão ser acompanhados na ‘Missão Apôh’ pelo padre Antony Malila e dois leigos da Consolata, o casal Gonçalo Magano e Iara Magano.

CB/OC

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