Missão: Projeto Salama aproxima Braga e diocese de Pemba, em Moçambique

Cidadania global e intercâmbio são objetivos do projeto em desenvolvimento desde 2014

Braga, 12 ago 2020 (Ecclesia) – A arquidiocese de Braga mantém um protocolo de cooperação missionaria com a diocese de Pemba, em Moçambique, promovendo ações de cidadania global e facilitando parcerias entre as duas regiões do mundo.

“Desde 2014 que a arquidiocese tem um protocolo de cooperação que inclui assumir por parte da arquidiocese de Braga de uma missão ou paróquia com a permanência de uma equipa missionária de um padre e dois leigos, e mantém o intercâmbio de sacerdotes, seminaristas e leigos, também a facilitação de parcerias entre movimentos das duas dioceses e a educação para a cidadania global que se concretiza na sensibilização, apropriação e aprendizagem de cristãos para diferentes formas de cultura e de ser Igreja”, apresenta Sara Poças, coordenadora do centro missionário da arquidiocese de Braga.

Guilherme Martins Andeni, é natural de Pemba, e encontra-se desde 2018, a estudar Teologia, no Seminário conciliar de são Pedro e são Paulo, em Braga.

Esta é uma das ligações evidenciadas pela Obra Católica Portuguesa das Migrações, que através do seu site, procura promover boas práticas de acolhimento e intercâmbio de migrantes na Igreja católica.

Desde 2016 que a paróquia de Santa Cecília de Ocura se tornou a paróquia nº 552 da arquidiocese de Braga, tendo sido enviada a quinta equipa missionária para trabalhar no local ara desenvolver o projeto Salama.

“Este ano será ainda mais desafiante com a pandemia do COVID-19 e os ataques que têm acontecido em Cabo Delgado, na diocese de Pemba”, reconhece Sara Poças.

Apesar de distanciada do local de ataques em cerca de 300 quilómetros, a paróquia já acolheu cerca de 150 famílias deslocadas das zonas dos conflitos.

Guilherme Martins Andeni explica que qualquer ajuda, “simples, material, alimentar” é essencial para o povo moçambicano que é alvo de “ataques” e enfrenta igualmente o Covid-19.

“Muita população está refugiada em outros locais, o que dificulta a convivência do povo, que vive do trabalho manual”, sublinha.

Sara Poças indica que apesar dos “desafios”, a arquidiocese vai continuar a procurar “a aproximação com a paróquia confiada e a (procurar) envolver sempre a cada vez mais as comunidades cristãs e a sociedade civil de Braga na missão de partilha e oração”.

A Igreja Católica em Portugal promove até 16 de agosto a Semana Nacional de Migrações, inspirada pela mensagem do Papa Francisco, ‘Forçados, como Jesus Cristo a Fugir’, procurando apresentar “testemunhos de vida” sobre a realidade das deslocações forçadas, por causa da pobreza ou da guerra.

LS

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