Missão: Jovens Sem Fronteiras fazem «ponte» para Moçambique

Espiritanos animam voluntariado missionário dentro e fora de Portugal

Lisboa, 10  jul 2013 (Ecclesia) – Os Jovens Sem Fonteiras (JSF), ligados aos Missionários do Espírito Santo, fazem este ano a ‘Ponte’ para Moçambique e durante um mês partem de coração aberto para ajudar a dinamizar a pastoral local.

A organização, com 30 anos de existência, anima e dinamiza voluntários para projetos de missão em Portugal e no estrangeiro.

O projeto Ponte’13 leva 10 voluntários, durante um mês, para Itoculo, no norte de Moçambique, com o lema ‘Escuta quem te chama a servir”.

Rita Lopes, que vai partir em missão, e com Bruno Leite, que já participou em três missões – em Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde -, falaram da sua experiência ao programa ECCLESIA, com transmissão este domingo (06h00), na Antena 1 da Rádio Pública.

Os dois jovens são do Barreiro que “tem uma tradição de pontes” e, todos os anos, envia algum jovem nesta experiência missionária que traz na bagagem experiências, histórias, fotografias e vídeos.

Depois de sete anos de caminhada nos JSF, e quatro experiências missionárias em Portugal, Rita Lopes sentiu o chamamento “para sair” – “largar a minha comunidade, o conforto do meu lar” – e ajudar o próximo.

A participação em semanas missionárias nacionais é um “critério-base” para partirem para experiências ‘ad gentes’, porque também deixam “tudo para trás” e trabalham com as comunidades locais.

Em Itoculo, os voluntários vão dedicar-se à pastoral, na área dos cuidados básicos de saúde e educação, “na formação de líderes e de animadores de grupos de jovem”, explica.

 “Partir para o outro lado sem saber o que vamos encontrar também dá medo mas se colocarmos nas mãos de Cristo não há nada que temer”, assinala Rita Lopes.

Para Bruno Leite a experiência de um mês em missão noutra realidade “faz parte de um crescimento” que ajuda a aprofundar a fé, a “conhecer a realidade global e a ver a vida de outra forma”.

As missões dos Jovens Sem Fronteiras “acabam por ser projetos de Deus e, geralmente, correm bem”, prossegue.

O jovem revela que “o essencial”, e mesmo parecendo um chavão, é que os voluntários aprendam e recebam “muito mais do que aquilo” que levam.

Quem vai participar na Ponte’13 tem, também, uma responsabilidade para quem fica, porque não partem sozinhos mas “vai a comunidade paroquial que durante o ano os ajudou, vai todo o movimento”, acrescenta Bruno Leite.

Durante estes 30 anos, no regresso das missões, os testemunhos foram importantes para continuarem com “esta vitalidade, este serviço e este amar à igreja”, explica.

Dos três projetos Ponte em que participou, Bruno Leite recorda “os sorrisos, os corações abertos e, sobretudo, aquelas pessoas que não são conhecidas e estão no terreno a trabalhar”, cujos testemunhos são importantes.

Um relatório divulgado esta semana pela Fundação Fé e Cooperação revela que este ano 1478 pessoas vão integrar projetos de voluntariado missionário e que espelham uma “dinâmica de solidariedade” presente na sociedade portuguesa, mesmo em tempo de crise.

405 jovens e adultos vão para países mais desfavorecidos, especialmente no continente africano.

LS/CB/OC 

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