Missão faz-se no feminino

Em 2005, o Voluntariado Missionário continua a ter uma grande força vinda das mulheres Os Voluntário Missionários, que partem em 2005 em Missões de curta duração, caracterizam-se por ser, na maioria, do sexo feminino. De 2004 para este ano, existem menos 12 rapazes e mais 17 raparigas, o que faz um total de 150 raparigas e 57 rapazes. Dados que confirmam a tendência mostrada em estatísticas anteriores. Entre 1986 e 2004, do total de voluntários que partiram, 64% (1262) são mulheres e 36% (704) são homens. Este ano, a AASUL envia 11 raparigas e 1 rapaz. Mariana de Almeida, coordenadora do grupo da Universidade Lusíada, esclarece-nos que “ao longo da formação não é feita uma selecção tendo em conta o género. Mas é aferida a compatibilidade de feitios.” O hábito é os voluntários serem distribuídos por ilhas e aí tenta-se encontrar um equilíbrio, através da divisão de rapazes por ilha. Contudo, como este ano só existe um rapaz e o número de voluntários é menor do que em anos anteriores, vão todos para a mesma comunidade, na Ilha de S. Vicente, em Cabo Verde. Já “as 17 raparigas e 5 rapazes da Equipa d’África vão ser distribuídos por cinco comunidades diferentes e estará um rapaz por grupo, na tentativa de equilibrar, pois dá mais segurança nas deslocações”, diz Duarte Nifo, coordenador deste grupo de jovens. Ainda acrescenta que “a escolha teve em conta a capacidade de quem vai e não foi pensada em termos de género.” Entre as Mulheres Diogo Albergaria, um dos jovens da Equipa d’África que vai fazer Missão com um grupo de raparigas, diz que esse facto “é indiferente. Nas missões convivemos com os Padres, os Missionários e os próprios rapazes da comunidade. Não é a mesma coisa, mas não se trata de um problema”. Adianta ainda que “não sei se o Voluntariado Missionário é mais sentido pelas raparigas, mas que há mais raparigas a fazê-lo é uma realidade.” A opinião de Romeu Alecrim, do G.A.S. Porto, é que “o Voluntariado Missionário não está particularmente vocacionado para que seja feito mais pelas raparigas. O ser-se rapaz é uma mais-valia, porque neste locais de Missão dão mais valor aos homens, talvez os oiçam mais facilmente do que às mulheres”. Quanto ao facto de ir com um número maior de raparigas diz que “não é incomodativo. As raparigas são vistas como mais organizadas e isso é um benefício para o grupo”. Pelo G.A.S. Porto, partem 12 raparigas e 3 rapazes. Inês Silva, responsável por este grupo, diz que “é habitual termos mais candidatos femininos do que masculinos, mas este ano a diferença é bastante maior, o que se reflecte nos que vão partir.” Os 15 voluntários missionários serão divididos por duas comunidades em Moçambique. O equilíbrio entre os géneros foi ponderado, bem como as necessidades dos locais e as pessoas que são mais precisas. Questões de Género Os Leigos da Boa Nova contrariam estes dados com o envio de dois rapazes, mas não foi propositado. Sérgio Cabral, membro da Direcção do grupo, é pela igualdade de sexos, até porque “em Moçambique não se sente diferença entre ser uma rapaz ou uma rapariga. As pessoas são escolhidas consoante as suas potencialidades”. O Sérgio é um dos rapazes que parte por dois meses, mas, mais do que realizar uma Missão, vai avaliar os projectos que se estão a desenvolver no terreno e colaborar nas actividades da comunidade. “Os Leigos da Boa Nova não estão a apostar nos projectos de curta duração, pois são muito curtos e têm muitos custos”, diz-nos. A Fundação Champagnat também garante que “não foi pensado. O voluntariado que se está a fazer poderia ser feito tanto por rapazes, como por raparigas. A escolha deveu-se, sobretudo, à disponibilidade e à capacidade do Voluntário”, explica-nos Clara Soeiro, do Secretariado, e acrescenta que “na decisão de enviar o Filipe, professor de matemática, não esteve presente questões de segurança e de diálogo com a comunidade, pois ele está integrado na comunidade dos Irmãos Maristas, numa zona que não é de perigo”. Apesar da Missão ser feminina, isso não se deve a uma escolha das entidades ou grupos do Voluntariado Missionário, mas uma maior procura destas actividades por parte do sexo feminino. Departamento de Plataformas e Comunicação, Fundação Evangelização e Culturas Para mais informações, visitar a página www.fecongd.net Notícias relacionadas • Verão missionário: uma história de sucesso

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