Missa de Pentecostes estreou na Capela do Rato, em Lisboa

Compositor saúda abertura da Igreja às artes contemporâneas e refere-se à «descida do Espírito Santo» como a «festa da linguagem»

A Capela do Rato, em Lisboa, assistiu este Domingo à estreia da Missa de Pentecostes composta por João Madureira, com interpretação do grupo Sete Lágrimas.

“O Pe. Tolentino [Mendonça] convidou-me para a composição de uma missa que incluísse não só o Ordinário mas também outra literatura, e portanto escolhi Teixeira de Pascoaes, Gabriela Llansol e José Augusto Mourão”, explicou o compositor em entrevista concedida ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.

Para João Madureira, “a descida do Espírito Santo”, que a Igreja evoca no Domingo de Pentecostes, assinala a “festa da linguagem”, tratando-se por isso de “um momento excepcional e, musicalmente, muito estimulante”.

“Fico muito feliz com esta ideia de a Igreja abrir-se à produção contemporânea. Acho que é o caminho certo”, referiu o autor, acrescentando que “não faz sentido não haver nenhuma renovação cultural” nas estruturas eclesiais.

Um dos mais recentes trabalhos de João Madureira, nascido em 1971, foi a colaboração no CD “Silêncio”, projecto baseado em textos bíblicos que contou com a participação de dois compositores de proveniência ortodoxa e protestante.

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