Migrações: «Não podemos pensar nunca nos Açores, sem pensarmos nos emigrantes» – Cónego Jacinto Bento

Angra do Heroísmo, Açores, 11 ago 2018 (Ecclesia) – O responsável pelo Serviço de Apoio à pastoral da Mobilidade Humana da Diocese de Angra afirmou que “migração e os Açores estão interligados”.

“Não podemos pensar nunca nos Açores, sem pensarmos nos emigrantes, porque todos nós temos familiares que emigraram; são sempre muito bem-vindos porque são parte de nós”, disse o cónego Jacinto Bento ao sítio online diocesano ‘Igreja Açores’.

O sacerdote explicou que, no arquipélago, estão “sempre em comunhão” com os emigrantes, algo que é recíproco.

“Todos temos o coração dividido entre os Açores e a diáspora açoriana e vice-versa”, acrescentou o responsável diocesano pelo Serviço de Apoio à pastoral da Mobilidade Humana, de partida para Gustine, na Califórnia (EUA), onde vai pregar nas festas de Nossa Senhora dos Milagres.

‘A presença de Maria no meio do seu povo’ é o tema da “maior festa portuguesa” na Califórnia, que reúne mais de cem associações de todo o estado norte-americano.

“Os portugueses da Califórnia são oriundos de todas as ilhas dos Açores, mas tem uma expressão grande da Terceira e São Jorge, que tem sabido fazer uma síntese entre a fé e a cultura portuguesa”, destaca o cónego Jacinto Bento.

Dados oficiais do Governo Regional dos Açores indicam que emigraram mais de 182 mil açorianos para os Estados Unidos da América, Canadá e Bermuda, entre 1960 e 2016.

Por sua vez, no arquipélago português existem cerca de quatro mil imigrantes do Brasil, Angola, Cabo Verde, Rússia e Ucrânia, divulga o sítio online ‘Igreja Açores’.

Em Portugal, a partir deste domingo, a Igreja Católica vai viver a Semana Nacional das Migrações 2018 com o tema ‘Cada forasteiro é ocasião de encontro – Migrantes e refugiados no caminho para Cristo’.

Promovida pela Obra Católica Portuguesa das Migrações, da Conferência Episcopal Portuguesa, a 46.ª semana especial começa com uma peregrinação ao Santuário de Fátima, este ano presidida pelo cardeal cabo-verdiano D. Arlindo Gomes Furtado, e termina a 19 de agosto com uma Jornada nacional de Solidariedade, de oração e recolha de donativos.

CB

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