Migrações: Bispo de Beja condena agressão de imigrantes em Odemira

D. João Marcos lamenta acontecimentos em Odemira mas descarta racismo entre o povo português

MÁRIO CRUZ/LUSA

Beja, 18 dez 2021 (Ecclesia) – O bispo de Beja condenou hoje a agressão de elementos da GNR a imigrantes que se encontravam a trabalhar na zona de Odemira mas afirma que situações como estas não definem o povo português.

“Lamento que tenha acontecido mas o povo sabe distinguir as coisas. Sempre andamos pelo mundo e fomos acolhidos. Todos sabemos que o povo português, no seu todo, não é racista. Somos um dos povos onde o encontro de gerações se tem dado e está agora a acontecer com os povos. É um encontro novo”, afirmou D. João Marcos à Agência ECCLESIA, à margem de um encontro com jovens.

“Estes casos não marcam o povo mas são casos que todos condenam”, acrescentou.

O bispo de Beja partilha das “reações publicadas pelo Presidente da República e de outras autoridades” que, indica, “dão o tom e as pessoas alinham por ai”.

Notícias recentes dão conta de uma acusação do Ministério Público a sete militares da GNR, que cometiam os atos de tortura “em manifesto uso excessivo de poder de autoridade” a imigrantes em Odemira, e que “todos os arguidos agiram com satisfação e desprezo pelos indivíduos”.

D. João Marcos esteve em visita pastoral a Odemira, em janeiro, e dá conta de ter encontrado “ecos da intervenção de D. António Vitalino” que, há cerca de 10 anos, alertava para situações chocantes.

PR/LS

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