«Memórias que contam: Padre Aníbal Vieira recorda três pilares pastorais da Diocese de Santarém (c/vídeo)

Vigário-geral evoca o legado pastoral dos padres Frutuoso Matias, António Diogo e Fernando Silva

 

Santarém, 02 mar 2021 (Ecclesia) – A Diocese de Santarém perdeu três sacerdotes por causa da pandemia de Covid-19, recordados hoje nas ‘Memórias que contam’ pelo padre Aníbal Vieira, vigário-geral, que evoca a sua dedicação.

O convidado sublinha que os padres Frutuoso Matias, António Diogo e Fernando Silva era todos sacerdotes à data da criação da Diocese de Santarém, que aconteceu a 16 de julho de 1975, e foram “pilares” desta nova Igreja local.

O padre Fernando Campos da Silva, natural de Lisboa, de Lisboa, veio jovem para Santarém e residiu no edifício do Seminário todo o tempo do seu ministério.

“Entregou-se de alma e coração à educação dos jovens no seminário menor, e depois na criação da diocese que nascia em 1975”, recorda o padre Aníbal Vieira.

O padre Fernando Campos da Silva foi também o primeiro vigário-geral da diocese, um cargo que desempenhou até 2012.

Para o atual responsável por essa missão, o sacerdote foi um homem de uma grande espiritualidade, um homem de oração que evitava falar em nome pessoal, mas sempre alicerçado nas publicações de cultura, de teologia e espiritualidade”.

Já o padre Frutuoso Matias é recordado como um “empreendedor”; pároco em Torres Novas nos tempos agitados do 25 de abril, passou por Rio Maior, Asseiceira e Tomar, sempre ligado à comunicação – esteve no jornal O Almonda e viria mais tarde a estar também na origem do Porta do Sol, jornal informativo diocesano.

O padre António Diogo chegou da Guarda, onde o seminário já não tinha lugar para tantos candidatos, e a sua experiência pastoral ficaria marcada pela guerra, como capelão na Guiné-Bissau.

“Guardou sempre uma ligação muito especial àquela Igreja. Esteve na ordenação do primeiro bispo guineense e acompanhou de perto tudo o que se passava naquele país alimentando sempre a vontade de um dia regressar”, recorda o padre Aníbal Vieira, que aos 12 anos conheceu o padre António Diogo, então pároco de Alcanede.

“É a paróquia de onde sou natural, e recordo o seu cuidado para com os seminaristas de Alcanede que estavam nos seminários de Santarém e Vila Viçosa. Fazia questão de todos os anos organizar um encontro em que nos juntávamos todos”, acrescenta.

Ao longo da Quaresma, as ‘Memórias que contam’, na Agência ECCLESIA, querem recordar um património de vida e de entrega pastoral de homens e mulheres que faleceram no atual período da pandemia.

HM/OC

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