Memória viva de São João de Brito

Santuário de Oriyur renova-se para atrair mais peregrinos

Oriyur, na Índia, é o lugar do martírio de São João de Brito. Conta a lenda que o seu sangue abençoou o solo local, tornando-o vermelho. Os peregrinos consideram esta areia vermelha como sagrada e procuram nela cura para os seus males.

É ali que se eleva o Santuário de São João de Brito, que tem sido apontado pelos bispos da Índia para vir a ser considerado Santuário Nacional, precisando para isso, de obras de reconstrução e de alargamento.

O reitor deste grande centro de peregrinação é o Pe. Anthony Cyril, que de passagem por Lisboa refere à ECCLESIA a “grande fé” dos indianos, “não só católicos”, em São João de Brito, que ali viveu “como um pobre, trabalhando pelos pobres”.

“Ele ainda está vivo em Oriyur”, assegura. A ideia de alargar o Santuário e criar novas infra-estruturas responde, assim, à necessidade de acolher cada vez mais pessoas.

Esta pequena aldeia de Tamil Nadu, onde o santo lisboeta foi decapitado, insere-se numa diocese com “bons católicos, pobres, mas que praticam a sua fé”. Educação, saúde e peregrinações são prioridades para o Pe. Cyril, que não esconde o sonho de ver o Santuário ganhar uma dimensão “internacional”.

Este responsável espera o apoio dos portugueses para “partilhar” este peso e desenvolver a memória viva de João de Brito na Índia. “Tenho muita pena que muita gente não saiba quem ele foi, não se importem com aquilo que ele significou”, lamenta.

O custo total estimado para o projecto de renovação dos espaços do Santuário é de 3, 8 milhões de Euros.

São João de Brito nasceu em Lisboa no dia 1 de Março de 1647, de família nobre. Depois de uma piedosa adolescência, entrou na Companhia de Jesus e, ordenado sacerdote, embarcou para as missões da Índia, onde trabalhou no meio de grandes sofrimentos e perseguições, mas também com grande fruto apostólico. Foi de lá enviado à Europa como Procurador das Missões e de novo partiu para a Índia; no dia 4 de Fevereiro de 1693 foi martirizado. Foi canonizado por Pio XII, a 22 de Junho de 1947. A memória litúrgica celebra-se a 4 Fevereiro.

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