Mega-presépio vivo de Priscos orgulha a comunidade paroquial

Representações nos dias 25 e 30 de Dezembro e 1 e 6 de Janeiro A freguesia de Priscos, em Braga, que é histórica, entre outras coisas por causa do seu famoso “abade”, volta a centrar as atenções do concelho, da região e do país, desta vez por causa de um mega presépio, classificado como o maior da península ibérica. Na inauguração, cheia de pompa, o principal mentor da ideia, o padre João Torres, mostrava-se orgulhoso por dirigir a comunidade paroquial de Priscos, prometendo ainda mais para o próximo ano. Depois da eucaristia dominical, transmitida para todo o país através da TVI, o pároco de Priscos fez-se de cicerone, mostrando a Portugal, cena a cena, um grande trabalho que é muito mais do que um simples presépio vivo, «o maior da Península Ibérica». De acordo com o padre João Torres, as coisas correram exactamente como previsto e, embora ainda faltam muitos dias para o fim das representações, o grande objectivo já foi conseguido. «A nossa ideia era proporcionar à comunidade de Priscos uma vivência de Natal diferente. As pessoas envolveram-se neste trabalho de corpo e alma. Penso que se cultivou um espírito de grupo e sentimento de comunidade que somos », afirmou, elogiando a participação das empresas locais que deram material, pessoas que deram mão de obra, outras que emprestaram cenários e peças que ajudam a ilustrar o tempo em que Cristo nasceu. Esta foi a segunda edição, claramente melhor que a primeira, e o pároco promete mais inovações para o próximo ano. «Além do aperfeiçoamento do rigor histórico e dos textos hebraicos, queremos envolver os visitantes nas cenas. Isto é, as pessoas que chegam para visitar o presépio são convidadas a vestir uma túnica ou outra peça qualquer e assim participar activamente na iniciativa », exemplificou. Quanto à questão de ser o maior da Península Ibérica, o padre pároco esclareceu que não se trata de afirmação bacoca. «Houve investigação nesse sentido e, na Europa, os maiores presépios ao vivo fazem-se em Itália, com cerca de 170 figurantes. Nós temos à volta de 160, o que quer dizer que não andamos longe». Mesquita Machado enaltece trabalho Um dos convidados para a cerimónia inaugural foi o presidente da Câmara Municipal de Braga, que compareceu acompanhado pelas vereadoras Palmira Maciel e Ana Paula Morais. Mesquita Machado mostrou-se surpreendido com os «cenários fantásticos» criados e aproveitou para dar os parabéns à organização pelo trabalho realizado. «É uma iniciativa extremamente interessante e louvável. É um trabalho valioso do ponto de vista histórico. Nunca imaginei encontrar cenários tão fantásticos », afirmou. O autarca elogiou a “carolice” das pessoas de Priscos, o que dá ainda mais valor à obra. Mesquita promete ajudar, caso a autarquia seja solicitada, tanto mais que se trata de uma promoção não só de Priscos, mas também de Braga. O governador civil de Braga foi convidado, mas esteve representado pelo seu chefe de gabinete, José Lopes. A comitiva passeou e saudou todos os “habitantes de Belém”, numa área de cerca 400 metros quadrados, numa tentativa de recriar a época e a vivência de Cristo há mais de dois mil anos. Os convivas tiveram direito a pão e vinho, frutas e, já agora, experimentaram a receita original do pudim de abade de Priscos. Segundo o padre João Torres, as músicas e os cheiros foram escolhidos e estudados ao pormenor, para que, além do aspecto cénico/teatral, haja rigor histórico. Entre os vários cenários, destaque para a escola, a padaria, o mercado, a oficina e um campo romano. É de realçar também o quadro dos “Santos inocentes”, lembrando as vítimas daquele tempo, mas também os de hoje, nomeadamente em Darfur, em Angola, Tibete e em muitos outros locais do mundo, incluindo em Portugal, onde ainda há crianças maltratadas. As representações estão marcadas para os dias 25 e 30 de Dezembro e 1 e 6 de Janeiro de 2008.

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