Cidade do Vaticano, 12 set 2014 (Ecclesia) – O responsável do Vaticano para as Igrejas Orientais, cardeal Leonardo Sandri, condenou esta quinta-feira em Washington, nos Estados Unidos da América, o “desprezo pela liberdade religiosa” e pelos “direitos humanos” que está a marcar o Médio Oriente.
Na inauguração de uma associação intitulada “Em defesa dos cristãos”, na capital norte-americana, o prelado argentino apontou para a necessidade da comunidade internacional, e em particular as Nações Unidas, tomar medidas efetivas contra ação do Estado Islâmico e de outros grupos extremistas em países como o Iraque e a Síria.
Acima de tudo, a ONU tem a assumir-se como veículo de “defesa” da “dignidade dos cristãos” e de todas as minorias religiosas no Médio Oriente, através da implementação de “resoluções e ações adequadas”, frisou.
O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais sublinhou que todo e qualquer “agressor injusto deverá ser detido”, mas a forma de contrariar os extremistas não pode passar apenas pelo “uso da força”.
Mostrou-se ainda convicto de que não está em causa um confronto entre o Islão e o Cristianismo mas sim uma luta pelo poder e pela salvaguarda de outros interesses, principalmente económicos, relacionados com “o comércio de armas e o controlo de poços de petróleo ou jazidas de gás”.
A associação “Em Defesa dos Cristãos” é um organismo não-governamental que reúne responsáveis das “Igrejas Orientais, católicas e ortodoxas, líderes políticos e civis”.
Tem como propósito favorecer a reflexão à volta da forma como “a comunidade internacional pode agir” em favor da pacificação do Médio Oriente e da salvaguarda dos direitos das populações.
News.va/JCP