Bombeiros Profissionais Portugueses foram homenageados em Braga
Braga, 12 set 2014 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga participou na 7ª edição do Dia Nacional do Bombeiro, esta quinta-feira, que homenageou os soldados da paz e destacou o “exemplo de vida”, o trabalho “pedagógico” e o “espírito” disponível que todos devem ter.
“O mais importante é suscitar o espírito de bombeiro, sermos pessoas disponíveis para responder às solicitações do bem comum, mesmo à custa de sacrifício e, quem sabe, da própria vida”, destacou D. Jorge Ortiga que sugeriu que se faça em conjunto, “em articulação de esforços” como nas cooperações de bombeiros.
O Dia Nacional do Bombeiro Profissional celebrou-se pela primeira vez na cidade de Braga, esta quinta-feira, e o arcebispo disse que “ser bombeiro é, antes de mais, um pilar seguro em quem se pode confiar incondicionalmente” em todos os momentos do dia e lugares.
Na cerimónia que homenageou os oito bombeiros que faleceram no combate aos incêndios em 2013, D. Jorge Ortiga revelou que não esquece “tantos outros” e em todos vê “rostos de heróis” que aprendeu “a respeitar mesmo antes de saber os seus nomes”.
O bispo diocesano sugeriu também que “a memória e os gestos dos bravos soldados falecidos” se multiplicassem no dia-a-dia de todos para que a sociedade se torne “uma arena de solidariedade e não de luta fratricida” onde o mais forte se impõe “pelo dinheiro, sucesso, lugar que ocupa”.
“Só uma sociedade de serviço e de entrega a causas nos garante o futuro”, frisou o também presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
Na mensagem divulgada no sítio online da Arquidiocese de Braga, o prelado destaca a “perseverança, entrega, ousadia, coragem e integridade” como os valores que fazem dos bombeiros “pessoas de confiança” e com os quais se quer construir a sociedade e a cultura portuguesa.
D. Jorge Ortiga destacou também o trabalho pedagógico destes soldados da paz e frisou que jovens e crianças “devem olhar para os bombeiros e sentirem orgulho” como “exemplo de vida e de cidadania a seguir”.
O arcebispo revelou que “vida é a palavra-chave” para um bombeiro e recordou que o lema dos bombeiros portugueses – Vida por vida – “é a tradução perfeita do amor interior” destes homens e mulheres a uma causa nobre que “nem sempre é valorizada e respeitada por todos”.
Segundo o prelado, estas cerimónias são “momentos delicados” que envolvem “afetos, memórias e momentos limite” onde a fé também tem uma palavra.
“A melhor homenagem que posso prestar a todos os bombeiros é dizer-vos que a sua vida, os seus gestos, os seus sonhos e suas memórias não terminaram”, desenvolveu “enquanto homem de fé”.
Esta quinta-feira, assinalaram-se também os 13 anos do 11 de setembro de 2001 onde quase 3000 pessoas inocentes perderam a sua vida em Nova Iorque, cidadãos de 77 países, entre os quais 341 bombeiros.
“Olhamos à nossa volta e deixamos de ser capazes de perceber onde está o perigo. Estes sentimentos de ambivalência, de medo e de desconfiança podem, como bem sabemos, ser tão destrutivos quanto uma bomba”, disse o arcebispo de Braga sobre o ataque às Torres Gémeas, nos Estados Unidos da América.
CB/OC