Médio Oriente: Fundação AIS desafia portugueses a rezarem pela paz

Jornada de oração pelas vítimas do Estado Islâmico convocada para hoje

Lisboa, 07 out 2014 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) convocou os portugueses para uma nova jornada de oração, hoje, pela paz no Médio Oriente e pelas vítimas do Estado Islâmico, em especial no Iraque e na Síria.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o organismo ligado à Santa Sé frisa que “os pedidos de ajuda que chegam desses países” são “cada vez mais insistentes”, devido ao “agravar da situação e do avanço, no terreno, das forças jihadistas”.

“Esta é a primeira vez, desde a Segunda Guerra Mundial, que o número de refugiados no mundo ultrapassou a barreira dos 50 milhões, sendo que o conflito no Iraque e na Síria é o que alimenta o maior número dos que perderam tudo o que tinham na vida”, aponta a AIS.

Por isso, “em sintonia com os demais secretariados internacionais”, a delegação da Fundação em Portugal decidiu mobilizar as comunidades nacionais para rezarem pelas populações e famílias, cristãs ou de outras minorias religiosas, que diariamente são alvo da violência praticada pelos fundamentalistas islâmicos.

Catarina Martins, diretora do secretariado da AIS em Portugal, num vídeo publicado através da internet, deixa um apelo à participação das pessoas nesta jornada, nomeadamente através da oração do Rosário.

“Que a nossa oração possa ter um efeito prático no dia-a-dia destes povos tão sofridos e destes cristãos que estão neste momento a ser perseguidos e a ver a sua fé posta à prova”, advoga aquela responsável.

No último sábado, os núncios apostólicos (representantes diplomáticos) da Santa Sé no Médio Oriente divulgaram em Roma um comunicado conjunto contra a guerra e os atentados aos direitos humanos que estão a ser praticados naquele território.

Os responsáveis católicos apontaram que diante das “violências e abusos” que estão a ser cometidos pelos membros do Estado Islâmico, “ninguém pode ficar indiferente”.

Sublinharam ainda a urgência das instâncias internacionais zelarem pela defesa das comunidades mais afetadas pela guerra, em particular os cristãos.

“Não se pode pensar o Médio Oriente sem cristãos, que há dois mil anos professam o nome de Jesus. Eles querem continuar a contribuir para o bem da sociedade, inseridos como cidadãos de pleno direito na vida social, cultural e religiosa das nações a que pertencem. Eles desempenham um papel fundamental como artífices de paz, de reconciliação e de desenvolvimento”, sustentaram os núncios.

Esta posição surgiu depois de um encontro de três dias dedicado à crise no Médio Oriente, promovido pelo Papa Francisco, que reuniu também os superiores da Cúria Romana e representantes da Santa Sé junto das Nações Unidas e da União Europeia.

JCP

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