Media: Sinergias e continuidade guiam Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

D. Pio Alves, novo presidente, afasta ideia de criação de jornal católico de expressão nacional

Lisboa, 25 nov 2011 (Ecclesia) – O novo responsável da Igreja Católica pela cultura, património e comunicações sociais quer apostar nas parcerias entre os media católicos, ao mesmo tempo que pretende ver o seu mandato guiado pela continuidade.

D. Pio Alves afirmou hoje à Agência ECCLESIA que “há toda uma preocupação em criar sinergias, respeitando a autonomia das instituições”, para que “as preocupações das dioceses e da Igreja em Portugal tenham melhor expressão”.

“Podemos aproveitar melhor todas as capacidades”, apontou o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, sublinhando que “há muitos meios que estão dispersos porque ninguém se lembrou de os juntar e potenciar”, desde a internet aos restantes media.

Os gabinetes de comunicação das dioceses podem ajudar “a que não só a pequena notícia como também as grandes preocupações das Igrejas locais sejam veiculadas de modo mais habitual e consistente”, acrescentou o responsável, que em fevereiro recebeu a ordenação episcopal e foi nomeado bispo auxiliar do Porto.

O Secretariado Nacional das Comunicações Sociais da Igreja, que passou a ser dirigido pelo cónego João Aguiar, presidente do Conselho de Gerência da Rádio Renascença, pode contribuir para que os projetos e opiniões da Igreja “possam chegar mais facilmente à opinião pública, de modo a serem bem entendidas”, acrescentou.

O prelado afastou a ideia da criação “no horizonte imediato” de um jornal nacional de expressão católica: “Não creio que uma iniciativa desse tipo faça muito sentido. Haverá, com certeza, outras possibilidades, aproveitando mais e melhor os novos suportes de comunicação”.

O prelado, que se reuniu pela primeira vez com os novos membros da comissão, sublinhou que “há um espírito fenomenal de tentativa de melhoria, na continuidade, do magnífico trabalho que tem vindo a ser feito ao longo destes anos”, quando o departamento foi dirigido por D. Manuel Clemente, bispo do Porto.

No encontro realizado em Lisboa ficou definido que na área dos Bens Culturais da Igreja haverá “total continuidade”, mantendo-se a “preocupação em ajudar as dioceses a avançar em capítulos como a inventariação, conservação e restauro, sensibilização e programas de formação”.

O âmbito da Pastoral da Cultura, acompanhado “mais de perto” por D. João Lavrador, também bispo auxiliar do Porto, vai ser discutido no mês de dezembro, em reunião com o diretor do respetivo secretariado nacional, padre José Tolentino Mendonça, atualmente no estrangeiro.

O presidente da Comissão Episcopal frisou que os recursos económicos da Igreja condicionam as “muitas” ideias avançadas na reunião: “Qualquer iniciativa só terá execução na medida em que previamente se saiba se há capacidade financeira para cobrir os custos”.

A Comissão Episcopal, que iniciou este mês um mandato de três anos, é também formada por D. Nuno Brás, ordenado bispo este domingo, a quem foi confiado a área das comunicações sociais.

RJM

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