Media: Igreja precisa de valorizar comunicação

Bispos ibéricos responsáveis pelo setor estão reunidos em Fátima

Fátima, Santarém, 26 jun 2012 (Ecclesia) – Os responsáveis das Comissões Episcopais de Comunicações Sociais de Portugal e Espanha defenderam hoje em Fátima a necessidade de valorizar a comunicação como uma marca da ação da Igreja Católica.

“Tudo o que a Igreja faz tem de ser muito comunicativo”, referiu à Agência ECCLESIA o anterior diretor do secretariado espanhol das Comunicações Sociais, padre José Maria Gil Tamayo, para quem existe a necessidade de “falar” de tudo o que se faz e do que se acredita.

D. Pio Alves, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, sublinhou, por sua vez, a importância de valorizar “a boa utilização de todos os suportes, de todos os meios de comunicação”.

“Temos todos um trajeto ainda longo à nossa frente”, admitiu o bispo auxiliar de Porto.

O prelado espera ainda um cuidado especial com a comunicação no encontro com os “públicos” da Igreja Católica, em particular nas celebrações dominicais.

O encontro ibérico decorre até quarta-feira e debate o tema ‘Media: portas da fé”, no contexto da mensagem que Bento XVI dirigiu a todos os católicos na apresentação do ‘Ano da Fé’, a celebrar a partir de outubro.

O padre Gil Tamayo, um dos conferencistas convidados, diz que a Igreja “tem de ir ao encontro” das pessoas que utilizam os meios de comunicação e dos jovens que estão nas redes sociais, frisando que “hoje, grande parte da humanidade tem um conhecimento mediado da realidade”.

Para este responsável, é importante fazer passar a “visão” e o “modo de vida” das comunidades católicas, sem acentuar dimensões negativas, mas apresentando “a chave que faz as pessoas felizes”.

“Não podemos esconder-nos, não podemos ter vergonha de ser crentes”, declara.

O especialista considera que, muitas vezes, as pessoas aparentam recusar a mensagem da Igreja quando, na verdade, não a entendem.

“Temos de explicar-nos e isso exige uma formação”, observa, para oferecer “uma linguagem, que seja compreensível pelas pessoas de hoje”.

O encontro que começou esta segunda-feira conta com a participação do presidente e dos membros da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais: D. João Lavrador e D. Nuno Brás (vogais) e Paulo Rocha (secretário).

Foi também anunciada a presença dos responsáveis pelos secretariados que compõem a comissão portuguesa: cónego João Aguiar (Comunicações Sociais), padre José Tolentino Mendonça (Pastoral da Cultura) e Sandra Costa Saldanha (Bens Culturais).

PR/OC

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top