Media: Grande oportunidade da internet é «escutar» os jovens – Jesús Colina

Diretor editorial da Aleteia destacou resultados de inquérito global sobre religião nas redes sociais

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Fátima, 28 set 2018 (Ecclesia) – Jesús Colina, diretor editorial da rede global Aleteia.org, disse hoje em Fátima que a grande oportunidade da internet é “escutar” os jovens, conhecendo as suas preocupações e gostos.

“Escutar, na internet, é uma nova oportunidade, como nunca tinha existido”, assinalou o responsável, nas Jornadas de Comunicação Social e Digital, que decorrem desde quinta-feira.

O fundador da Aleteia apresentou aos participantes os resultados de um inquérito sobre quem são os jovens que partilham conteúdos religiosos nas redes sociais, uma análise relativa aos dados relativos a 540 milhões de perfis no facebook e instagram.

A análise mostra que 4% tem interesse em conteúdos religiosos cristãos.

Portugal está no 3.º lugar dos “jovens interessados em religião” na Europa, empatado com a Lituânia e Malta, apenas atrás da Itália e da Polónia.

O estudo sobre jovens dos 18 aos 25 anos mostra que os portugueses que revelam interesse na religião têm duas caraterísticas particulares: “um nível de educação mais elevado do que a média e interesse por questões sociais”.

A nível mundial, o líder é Timor-Leste, com 33,3% jovens nas redes sociais interessados em religião; seguem-se Costa Rica, El Salvador, Paraguai, Brasil, Porto Rico, Itália, Guatemala, Peru, Polónia e Nicarágua.

Os maiores influenciadores nas redes sociais são personagens de sucesso que “abraçaram uma causa”; já nos jovens que manifestam interesse pela religião, o maior “influencer” é o Papa Francisco.

Jesús Colina advertiu que a ‘Geração Z’ perdeu referência sociais e vive “numa sociedade muito contraditória”.

O painel desta manhã contou ainda com a intervenção de Fábio Ribeiro, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, investigador na Universidade do Minho, que falou sobre a relação dos jovens com as notícias falsas.

O docente observou que tecnologia trouxe ao jornalismo um “novo dicionário”, como “fake news” os boatos, “viral”, pós-verdade.

“A velocidade da mentira é muito mais rápida do que a verdade”, advertiu.

Fábio Ribeiro recordou que o tema das fake news foi colocado pelo Papa na agenda com a mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2018.

A sessão foi moderada pelo padre António Valério, diretor da Rede Mundial de Oração em Portugal, o qual recordou que “praticamente desde o começo da internet, a Igreja esteve ligada à comunicação digital”.

OC

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